Idade: 45 anos
Tempo de profissão: 26 anos
Formação: engenharia naval
O que faz: é responsável pela proteção das costas brasileiras a bordo do submarino Tikuna
Parece uma profissão tensa, perigosa. De fato é. Mas no Brasil os mares são mais tranquilos. A última participação do país num grande confronto foi na década de 1940, na Segunda Guerra Mundial. De lá para cá, os submarinos brasileiros — cinco, no total — fazem apenas simulações de conflitos.
Nem por isso a rotina do submarinista deixa de ser exaustiva. A 200 metros de profundidade, Madureira coordena treinos de guerra e operações com caças cedidos pela Aeronáutica. Nesses testes, usa sinalizadores em vez de torpedos. Depois, com a ajuda de equipamentos eletrônicos, estuda os resultados para ver se o ataque teria sucesso numa batalha real.
Madureira também enfrenta o desafio de acomodar 40 tripulantes nos 62 metros de comprimento do veículo, o Tikuna. “Não há espaço ou privacidade”, afirma. Ainda assim, diz que o trabalho é gratificante. Depois do bimestre submerso, há recompensa: a família em terra firme.
FONTE: Revista Galileu – Thaís Sant´Anna