Por Natália Oliveira
“Nosso intuito é usar esse equipamento em prol da segurança pública. Um drone em cima de um estádio pode ser utilizado para jogar produtos químicos no campo, por exemplo ou ele pode ser usado para o tráfico de drogas. Outras vezes ele é utilizado sobrevoando casas e invadindo a privacidade das pessoas” explica o presidente da empresa especialista em tecnologia de inteligência e contra inteligência Renato Werner.
O bloqueador foi desenvolvido no Brasil, durante meses de pesquisa da Polsec em parceria com Manaus Instituto de Tecnologia (MIT) e a Universidade Estadual do Amazonas (UEA). Werner explica que vários países, principalmente os que sofrem ataques, já estão preocupados com os perigos dos drones. Um exemplo é a Holanda que treinou águias para derrubar o equipamento em caso de mau uso.
“Nós sabemos que hoje o acesso aos drones é muito grande e ao mesmo tempo que essa tecnologia é benéfica ela pode trazer muitos problemas para a sociedade. Uma das nossas preocupações é com mau uso deles durante as Olimpíadas no Brasil. O evento tem histórico de ataques terroristas. Esse é um perigo real. Esperamos atuar em prol da segurança durante o evento”, afirma Werner.
Segundo ele, o equipamento desenvolvido pela empresa é capaz de detectar o sinal do drone e bloquear o controle dele. “Os drones possuem um sistema de segurança para não cair. Então depois que bloqueamos o controle ele pode ficar parado no ar esperando comunicação ou pode voltar para o lugar de onde ele saiu, sem colocar em risco a vida de outras pessoas”, explica Werner. O trabalho é feito sem interferir em outros sinais como os de wi fi e de celulares.
Além do aparelho bloqueador a empresa também oferece treinamento de operação que pode ser vendido para autoridades e órgãos governamentais que têm legitimidade e capacidade de operar.
FONTE: Jornal O TEMPO