Por Luana Almeida
Adquirido por meio de um acordo entre o governo brasileiro e francês, a embarcação atracou em Salvador desde o último domingo e vai substituir o ex-navio de desembarque-doca (NDD) (sic) Rio de Janeiro, que será desativado. A capital baiana é o primeiro porto brasileiro a receber o navio.
Após a abertura oficial, a embarcação será aberta para visitação. O público poderá conhecer as principais dependências do navio, por meio de visita guiada, das 14h às 17h, com entrada gratuita.
Projetado para transportar tropas, veículos, helicópteros e munição, a embarcação, que foi comprada por 80 milhões de euros, tem capacidade para operar em grandes áreas oceânicas e na proteção de plataformas marítimas de petróleo.
De acordo com o almirante de esquadra da Marinha Bento Costa, o navio poderá ser utilizado, ainda, para comando e controle de força-tarefa, operações aéreas, operações de paz – transporte de tropas e materiais -, assistência humanitária e hospitalar, resgate e apoio em casos de catástrofes naturais e no combate à pirataria.
“O navio-doca Multipropósito atende a diversas possibilidades no âmbito militar e de defesa civil. A compra é fruto de uma carência desse tipo de equipamento na Marinha”, afirmou.
Após visitar Salvador, o navio seguirá para o Rio de Janeiro, onde ficará por cerca de três meses para a realização de testes e exercícios com tropas. A previsão é que, em meados do segundo semestre, ele seja utilizado para sua primeira missão oficial: o retorno de oficiais que se revezam nas forças de paz no Haiti.
Complexo hospitalar
Dentre os destaques da embarcação está o complexo hospitalar com 500 m² e 49 leitos, 23 deles para terapia intensiva, dois para isolamento e 24 de extensão. O hospital é o primeiro de grande porte montado em uma embarcação da Marinha brasileira.
O espaço de saúde comporta, ainda, a recepção de 100 pacientes por dia e conta, também, com sala de curativos, laboratório e centro cirúrgico capaz de operar até seis cirurgias por dia.
“O acesso ao hospital pode ser realizado tanto por dentro da embarcação, tanto pelo convés de voo principal, o que permite que helicópteros de resgate realizem evacuações aeromédicas”, explicou o capitão de corveta e chefe do grupo de saúde, Demóstenes Apostolides.
Um dos seis baianos a integrar a tripulação de cerca de 230 homens, o primeiro-sargento Miguel Ângelo conta sobre a emoção de retornar a Salvador a bordo do NDD (sic).
“É gratificante mostrar aos meus conterrâneos o navio. É um prazer voltar à minha cidade natal. Considero essa como uma das maiores missões da minha carreira”, afirmou.
FONTE: Jornal A Tarde
NOTA DO EDITOR: NDD Ceará pois o NDD Rio de Janeiro deu baixa há mais de um ano e NDM, não NDD. (sic)