O Indianapolis foi destruído em 30 de julho de 1945, em algum lugar no mar das Filipinas, entre Guam e o Golfo de Leyte, quando retornava de sua missão secreta destinada a entregar partes da bomba atômica que seria lançada pouco depois em Hiroshima. Dos 1.196 homens a bordo, apenas 316 foram resgatados. É a maior perda de vidas humanas na história da Marinha americana. Entre 800 e 900 pessoas escaparam do naufrágio. Mas nenhuma chamada de socorro jamais foi recebida. Apenas 316 haviam sobrevivido nas águas infestadas de tubarões quando o resgate chegou.
A descoberta do navio pela equipe de Allen ocorreu após novas pesquisas de um historiador naval apontarem para uma região no oceano onde o navio teria sido visto na noite anterior a sua destruição. O navio é muito conhecido pela sua missão final, secreta, destinada a transportar partes da bomba atônica apelidada de “Little Boy” (menininho), bem como urânio enriquecido que seria usado na sua reação nuclear. O material foi entregue na ilha Tinian, uma base americana, no ano final da guerra.
Quatro dias depois, o Indianapolis afundou. Foi menos de uma semana antes da detonação da bomba nuclear destruir Hiroshima. Outra bomba atômica, chamada de “Fat Man” (homem gordo) foi lançada em Nagasaki. As bombas forçaram o Japão a se render, encerrando a 2ª Guerra Mundial. “Como americanos, todos nós temos uma dívida de gratidão para com a tripulação (do Indianapolis), pela sua coragem, persistência e sacrifício frente a circunstâncias horrendas”, declarou Allen.
O USS Indianapolis continuará propriedade da Marinha americana, afirmou a equipe que fez a descoberta. A partir de agora, será considerado um memorial de guerra. Um porta-voz dos sobreviventes, 22 dos quais continuam vivos, disse que cada um deles tem “esperado pelo dia que o seu navio seria encontrado”.
O navio de pesquisa de Allen, chamado Petrel, foi especialmente preparado para exploração, com uma tripulação de 16 pessoas. Antes de encontrar o Indianapolis, o Petrel já tinha descoberto destroços de um navio de guerra japonês, o Musashi, e de um navio cruzeiro italiano, Artigliere – ambos da 2ª Guerra Mundial.
FONTE: BBC