Por Danilo Fariello
No dia 31 de dezembro, o Brasil apresentou à autoridade internacional responsável pelo controle da exploração do fundo dos oceanos um inédito pedido para desenvolver pesquisas de mineração numa área de cerca de três mil quilômetros quadrados no Atlântico Sul. A região, conhecida como elevado do Rio Grande, está a mais de mil quilômetros além da costa brasileira, ou seja, trata-se de área internacional, onde foram identificadas crostas ferromanganesíferas ricas em cobalto.
Assim como ocorre na Antártida, a exploração do fundo dos oceanos é controlado por uma entidade multilateral – a Autoridade Internacional para o Fundo do Mar (Isba, na sigla em inglês). A Isba recebeu a proposta de plano de exploração da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) no último dia possível para ser avaliada pela comissão técnica em fevereiro, durante a próxima reunião, e poder ser aprovada ainda em 2014 pelo conselho da entidade.
O Brasil assumiu perante ao Isba o compromisso de investir US$ 11 milhões nos primeiros cinco anos de contrato, que teria duração de 15 anos, segundo Roberto Ventura, diretor de geologia e recursos minerais da CPRM. A região tem potencial de exploração de cobalto, manganês e ferro.
FONTE: O Globo