O Brasil tem oferecido importantes contribuições para a Colômbia no sentido de minimizar os efeitos deixados pelo longo conflito entre o governo do país e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs). Uma delas é o processo de desminagem, que é a retirada de minas explosivas enterradas no solo do território colombiano.
De acordo com embaixadora brasileira em Bogotá, Maria Elisa Berenguer, a Colômbia é segunda nação do mundo em quantidade de minas antipessoal, perdendo apenas para o Afeganistão. O país latino-americano assumiu compromisso para acabar com essas minas até 2021 e a cooperação militar do Brasil tem sido decisiva, por meio de intercâmbio de pessoas e formação, por exemplo.
“Dos dez batalhões de desminagem que a Colômbia tem, nove foram formados por brasileiros. E esperamos formar mais três esse ano. O Brasil tem colaborado na formação dos desminadores e oferece toda a colaboração na formação de doutrinas de desminagem e oferecemos também intercâmbio de pessoa”, diz a embaixadora.
Desde a chegada dos primeiros militares brasileiros, em 2005, quando o Brasil ganhou um papel de destaque para o desenvolvimento da desminagem no país, já foram destacados mais de 40 especialistas brasileiros para integrar o chamado Grupo de Monitores Interamericanos de Junta Interamericana de Defesa da OEA.
Maria Elisa comentou que o Brasil quer, inclusive, aumentar essa cooperação. “Essa é uma colaboração que, pessoalmente, me deixa muito feliz, porque eu sei que a C
Ela agregou que parcerias como essa podem contribuir para fortalecer a integração regional. “Toda a cooperação brasileira com a Colômbia, seja ela bilateral ou por intermédio de organismos internacionais, está orientada em dar cumprimento a dois imperativos constitucionais: a da integração latino-americana, considerando que o fim do conflito é decisivo e trará benefícios para toda a região; e o princípio da autodeterminação dos povos. Oferecemos a experiência de nossos militares sem estabelecer nenhum tipo de condição”, salienta Maria Elisa.
E acrescenta: “Se a gente puder fortalecer mais ainda a Colômbia nessa tarefa que ela tem pela frente, eu acho que nós teremos dado uma boa contribuição”, diz.
FONTE: Blog do Planalto