Militares americanos participam das buscas com equipamentos de última geração.
Além disso, o navio Skandi Patagonia, também da Marinha americana, chegou na zona de busca e começou a operar. Ele leva quatro veículos não tripulados de alta tecnologia. Um deles chega a 1.500 metros de profundidade e os outros três a 260 metros. Não são submarinos de resgate, como o que está à espera em Comodoro Rivadavia. São veículos de reconhecimento, mas um deles pode resgatar até seis pessoas.
Em Comodoro Rivadavia, na quarta-feira (22), começaram a trabalhar cerca de 40 soldadores, que foram divididos em dois grupos. A metade trabalhará de dia e a outra metade à noite. Eles vão “abrir” o navio norueguês Sophie Siem para poder encaixar a cápsula de resgate, uma espécie de minissubmarino que, em caso de o ARA San Juan ser encontrado, poderia resgatar 16 pessoas de cada vez. O que os soldadores fazem é, literalmente, cortar o navio na parte de trás. Uma espécie de “porta” para que o minissubmarino possa sair do navio e entrar no mar com facilidade.
Os guindastes não param, os caminhões entram e saem do porto Antonio Morán desde que o exército dos Estados Unidos chegou há quatro dias e revolucionou a cidade patagônica. A informação, que fala sobre uma possível explosão no fundo do mar relacionada com o submarino argentino, não modificou os planos da marinha norte-americana, que continua a trabalhar contra o relógio.
Todas essas operações não são fáceis e levam tempo. De maneira oficial ninguém confirma quando o navio ficaria pronto para poder partir rumo ao lugar exato onde os microfones subaquáticos detectaram a explosão. No entanto, em off, dizem que poderia estar pronto no sábado e que chegaria à zona na segunda ou na terça-feira.
Nós trabalhamos como no primeiro dia e assim continuaremos porque o nosso objetivo é encontrar os tripulantes argentinos”, afirma Alejandro, nascido em Puerto Rico. O capitão desta missão explica que este minissubmarino pode descer até 600 metros de profundidade. “O que acontece se eles estiverem a maior profundidade? Não sabemos, primeiro temos que localizá-los”, diz.
Esta tecnologia – acrescenta Alejandro – é a melhor que a Marinha americana tem para realizar resgates de submarinos. “Não há nada que se compare”, diz ele enquanto caminha pelo porto e coordena os movimentos da equipe. Ele lamenta a informação oficial sobre a possível situação crítica dos submarinistas argentinos e afirma que, do ponto de vista humano, essa é uma das missões mais difíceis que participou. “Eles são meus irmãos latinos”.
O minissubmarino que o barco norueguês transportará à zona de busca levará dois tripulantes, geralmente médicos, e é dirigido por controle remoto no navio. Esta cápsula tem a capacidade de se acoplar ao submarino selando sua escotilha, possibilitando que os tripulantes do submarino entrem na câmara.
FONTE: Clarin