Defesa tenta libertar o militar de 77 anos.
Othon Luiz Pinheiro da Silva ainda é vice-almirante, um militar somente perde o posto, patente e remuneração correspondente, se for condenado em definitivo, em processo transitado, a mais de dois anos de prisão.
Recebemos alguns questionamentos sobre o Almirante OTHON, condenado em primeira instância por participação em esquemas de corrupção revelados pela operação LAVA-JATO. Alguns se referiram ao militar como Ex-ALMIRANTE.
Oficiais generais são recebidos nas organizações militares com cerimoniais bem definidos, com toque de apito e /ou cornetas. Quando na ativa grande parte deles possuem uma espécie de “séquito” que os acompanha e resolve todos os seus problemas, até os mais simples. Tudo isso com o objetivo de deixá-los disponíveis para decidir sobre a resolução de problemas quase sempre bastante complexos relacionados à defesa nacional e operação dos gigantescos continentes sob suas ordens.
No hospital Marcílio Dias, por exemplo, instituição de saúde da MARINHA, como é de praxe, oficiais generais tem alguns privilégios. Os almirantes possuem uma entrada exclusiva, que facilita seu acesso e os mantém afastados dos demais militares e familiares.
Jornais informaram que Othon tentou o suicídio. É compreensível. Para quem sempre foi o centro das atenções, teve regalias e cerimoniais diferenciados, obviamente é muito difícil se adaptar a perda abissal e irreversível de status, causada por uma condenação tão bem embasada juridicamente, praticamente impossível de ser revertida.
Ninguém duvida de que a condenação de OTON LUIZ tem grande probabilidade de ser mantida na segunda instância e de que após algum tempo deixará de ser MILITAR. A perda de todas as condecorações militares também está prevista no regulamento militar.
“Código Penal Militar – Art. 99. A perda de posto e patente resulta da condenação a pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos, e importa a perda das condecorações.”
O ainda militar foi condenado a nada menos que 43 anos de prisão. Entre os crimes estão: corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e organização criminosa durante a realização das obras da usina de ANGRA.
O Almirante está preso no Rio de Janeiro na Base de FUZILEIROS NAVAIS do Rio MERITI, em Duque de Caxias, nas proximidades da Linha Vermelha e da BR 040, que liga o Rio a Petrópolis.
A Revista Sociedade Militar obteve acesso a transcrição da audiência. No pleito de habeas-corpus com intenção de lhe garantir a liberdade, a defesa de OTHON LUIZ alegou que graças ao réu o país estaria a “um passo” de possuir uma bomba nuclear.
Nas Forças Armadas ninguém confirma que o BRASIL estaria realmente prestes a desenvolver sua própria arma nuclear. Assim como ninguém gosta de comentar sobre o gigantesco buraco construído na Base do Cachimbo, apropriado para testes nucleares. O buraco tem mais de 300 metros de profundidade. O envolvimento de Othon Luiz com o suposto projeto de confeccionar uma arma nuclear para o país – se é que existiu – provavelmente nunca será conhecido.
A “intelligentsia” de esquerda tenta construir certo lobby em favor do militar preso. Como se feitos do passado gerassem alguma espécie de inimputabilidade. Alegam que sem ele o Brasil não “seria nada” no que diz respeito à energia nuclear. Se Othon realmente cometeu crimes deve ser punido como qualquer brasileiro.
No pedido de liberdade um dos advogados chegou a acusar o JUIZ que condenou o almirante de tentar ser igual a SERGIO MORO.
Advogados ligados a Anistia Internacional tentaram visitar o almirante preso, mas foram impedidos pelos militares a pedido do próprio Othon Luiz. Ainda no portão da Base Mmilitar receberam a informação de que não poderiam entrar.
FONTE: Revista Sociedade Militar