Pelas qualidades de bravura e presença de espírito demonstradas em ação, teve o reconhecimento do Imperador D. Pedro II, que o condecorou com a Ordem de Cristo, no grau de Cavaleiro. Essa condecoração remonta à secular Ordem de Cristo, que incentivou a navegação e a expansão do Império Português, tendo como emblema a Cruz da Ordem de Cristo, que adornava as velas das caravelas que exploravam os mares desconhecidos.
Esse forte simbolismo da Escola de Sagres, que marcou o início da carreira do jovem Vital de Oliveira, foi o prenúncio do elevado pendor que iria demonstrar para as lides do mar, em paz ou na guerra.
Nos quatorze anos que se seguiram, o Primeiro-Tenente e depois Capitão-Tenente Vital de Oliveira realizou diversos levantamentos hidrográficos ao longo da costa brasileira, desde o litoral do Rio Grande do Norte até Santa Catarina, e ainda ao longo do Rio Meriti, de forma meticulosa e incansável, o que lhe rendeu outro reconhecimento do governo imperial, que lhe confiou uma nova missão, mais ampla e ambiciosa: realizar o levantamento da carta geral da costa do Império.
Mas em 1865, esse empreendimento foi interrompido pela guerra em que o Brasil se envolveu. O Capitão-de-Corveta Vital de Oliveira passou então a cumprir diversas missões no Teatro de Operações, até ser atingido mortalmente pela artilharia inimiga, quando no comando do Couraçado “Silvado”, da Segunda Divisão de Esquadra, durante o bombardeio de Curupaití.
Vital de Oliveira não chegou a ver em seus punhos os galões de Capitão-de-Fragata, pois o Decreto que o promovera chegou à esquadra em operações de guerra, onde servia, dias depois da sua morte. Pelos destacados feitos, como dedicado hidrógrafo em tempo de paz e heroico combatente em tempo de guerra, Vital de Oliveira é o hidrógrafo padrão.
Como Patrono da Hidrografia brasileira, na data de seu nascimento, 28 de setembro, comemoramos o Dia do Hidrógrafo.