A Batalha de Monte Castelo, travada entre as tropas aliadas e as forças do exército alemão, perdurou por três meses, período em que inúmeras baixas foram registradas em virtude, especialmente, das condições meteorológicas do rigoroso inverno europeu, do lançamento de minas terrestres nas vias de acesso e da existência de casamatas
bem localizadas e camufladas. É inquestionável que a defesa inimiga era primorosa, o que aumentava o clima de tensão e ansiedade entre os combatentes aliados. Foram deflagrados vários assaltos por tropas americanas e brasileiras e nenhum foi bem-sucedido. O inimigo, implacável, destemido e experiente, encontrava-se em posição defensiva dominante.
O resgate da dívida de sangue dos ataques fracassados, que ceifaram tantas vidas, tornava-se, a cada dia, mais
emergente. Monte Castelo tornara-se um desafio e exigia a afirmação da capacidade combativa de nossa gente.
No dia 21 de fevereiro de 1945, com fé robustecida e o destemor comuns ao expedicionário brasileiro, a 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária, com o fundamental apoio da artilharia dos aliados, partiu, resoluta, em direção ao norte.
Ao cair da tarde, as forças brasileiras, estimuladas pelos ideais de liberdade e de democracia, silenciaram a defesa alemã. O hasteamento da Bandeira do Brasil no alto do Monte Castelo impulsionou o prosseguimento das operações da FEB até a rendição incondicional de duas divisões adversárias.
A tomada desse monte figura entre as principais páginas da história militar brasileira, pois ratifica a fibra dos pracinhas e perpetua a perseverança e o denodo no cumprimento da missão pelo soldado brasileiro.
Ao celebrar os 70 anos dessa memorável Batalha, o Exército Brasileiro registra o reconhecimento e a gratidão
de toda a Nação aos bravos combatentes da FEB, honrados soldados que cumpriram o seu dever em solo europeu e, hoje, são cultuados como exemplos perenes para todas as gerações de brasileiros.