Por Marcelle Torres
O ano de 2016 já está se tornando um dos mais tensos na península coreana desde a ascensão de Kim Jong-un ao regime norte-coreano. Na esteira do seu quarto teste nuclear, a Coreia do Norte lançou um foguete de longo alcance carregando o satélite Kwangmyongsong-4, no dia 07 de fevereiro.
Os EUA e a Coreia do Sul, principalmente, afirmam que o movimento norte-coreano visa desenvolver a tecnologia de lançamento do país e gerar aperfeiçoamentos em seus mísseis balísticos intercontinentais. Em resposta à iniciativa norte-coreana, a Coreia do Sul encerrou as atividades do Complexo Industrial de Kaesong, tido como maior símbolo de cooperação intercoreana, mas também alvo de acusações de financiar o programa nuclear da Coreia do Norte.
Ele teria proporcionado cerca de US$ 500 milhões aos cofres de Pyongyang, desde a sua inauguração em 2004, dos quais cerca de US$ 105 milhões somente em 2015. Também em resposta ao lançamento do Kwangmyongsong-4, no dia 11 de fevereiro, os EUA enviaram um submarino de propulsão nuclear à Coreia do Sul, o USS North Carolina (SSN-777). Com velocidade de cruzeiro de 46km/h e capacidade para transportar mísseis Tomahawk e até 48 torpedos, este é o quarto submarino de ataque da nova classe Virginia e dará sequência ao bombardeiro B-52, que sobrevoou a Coreia do Sul após o quarto teste nuclear da Coreia do Norte, fazendo parte dos ativos militares norte americanos que estão sendo enviados à península para melhorar as capacidades de defesa conjuntas.
A operação de modernos submarinos da classe Virginia, além de possíveis ataques à Coreia do Norte, também pode vir a representar a negação do uso do mar às Marinhas chinesa e russa na região, o que certamente elevará ainda mais o nível de tensão, que já é dos mais altos no mundo.
FONTE: Boletim Geocorrente