UNIFIL terá pela primeira vez a participação da Corveta “Barroso”

Corveta Barroso - Operação atlântico III em manobras - 5

Brasília, 08/05/15 – O 10° Contingente Brasileiro, que irá compor a Força-Tarefa Marítima da UNIFIL (FTM-UNIFIL) no Líbano, terá, pela primeira vez, a corveta Barroso como integrante da missão. O objetivo é realizar tarefas de interdição marítima e capacitação da Marinha libanesa.

A corveta irá compor o rodízio, juntamente com as fragatas Constituição, Liberal e União que atuam no local desde 2011. O navio, que é um dos mais novos, está há sete anos no setor operativo e 60% dos equipamentos instalados são nacionais.

A Barroso participou de algumas missões, entre elas a IBSAMAR (sigla em inglês – India-Brazil-South Africa Maritime), indo duas vezes para a África. Em 2014, participou da “IBSAMAR IV”, realizando exercícios conjuntos com as Marinhas da África do Sul e Índia. Durante esse período, promoveu exercícios no mar, contribuindo para o adestramento da tripulação e estreitamento de laços entre as Marinhas participantes.

O navio irá zarpar do Rio de Janeiro em 18 de julho com previsão de chegada no Líbano, em 18 de agosto. Durante um mês de viagem, a corveta faz três paradas de rotina em Salvador (BA), Las Palmas (Espanha), Nápoles (Itália), e por fim, atraca no porto de Beirute (Líbano).

Com uma tripulação de 190 militares a bordo, o navio permanece no Líbano até fevereiro de 2016. Assim que a corveta Barroso assumir a missão, a Fragata União retornará ao Brasil. Além da tripulação, o navio leva um destacamento aeroembarcado e o Grupamento de Fuzileiros Navais.

O objetivo é que no futuro a Marinha libanesa possa exercer as tarefas que hoje estão sendo cumpridas pela FTM-UNIFIL.

Semana Preparatória

Para compor a FTM-UNIFIL, os dez oficiais selecionados do 10° Contingente Brasileiro passaram por uma semana de atividades preparatória que se encerrou nesta sexta-feira (08). O ciclo de palestras, realizado no Ministério da Defesa, foi conduzido pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA).

O chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa (CHOC), almirante Ademir Sobrinho, abriu o evento e alertou para as divergências locais. “A situação no Líbano é a única onde política e religião estão ligadas. Não se fala de um sem se falar de outro. É fundamental conhecer muito bem as culturas e os costumes locais para saber se está se falando com um sunita, maronita ou xiita”, afirmou. Ainda segundo ele, “existem regras claras da ONU referente ao relacionamento com a população. Não é apenas o nome da Marinha, que levamos, e sim o nome do Brasil”, ressaltou o almirante.

FONTE e FOTO: MD

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