A Comissão Europeia apoia o aprofundamento dos laços militares entre os estados-membros. Esta é a mensagem deixada nesta quarta-feira pela Alta Representante da diplomacia europeia, Federica Mogherini.
A recuperação do dossier da defesa surge após a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia e do presidente norte-americano ter revelado dúvidas quanto ao compromisso do seu país com a NATO. De referir ainda que Londres, enquanto membro de pleno direito da UE, havia desde sempre bloqueado maior cooperação militar entre os parceiros europeus. “Trata-se de maximizar o valor acrescentado que a União Europeia pode fornecer ao estado-membro através de mais cooperação, seja em pesquisa, ou nas capacidades de desenvolvimento, ou através das missões e operações militares e civis da União Europeia” disse Mogherini em Bruxelas.
O projeto-piloto previsto para o período 2017 a 2019 compreende 90 milhões de euros provenientes de fundos próprios do Bloco. A partir de 2021, o orçamento da defesa poderá atingir 1,5 mil milhões de euros ao ano. “Vamos utilizar os recursos orçamentários para o financiamento de protótipos, por isso, deve haver um mínimo de três companhias provenientes de dois países que possam se candidatar a recursos e dinheiro para a construção de protótipos”, adiantou Jyrki Katainen, vice-presidente da Comissão Europeia.
O artigo 43 do Tratado de Lisboa prevê a utilização de meios civis e militares, por parte da União Europeia, em situações de gestão de crise incluindo a luta contra o terrorismo em países terceiros.
Segundo a chefe da diplomacia europeia, o objetivo não seria o de criar um exército europeu mas, de potencializar a colaboração entre estados-membros, a fim de evitar duplicação e esbanjamento de recursos.
FONTE: Euronews
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