Os EUA acusam a Rússia de estar se preparando para, sob falsos pretextos, invadir a Ucrânia. Washington diz que Moscou se prepara para, entre outras coisas, divulgar um vídeo onde se encena um ataque militar ucraniano.
“Os russos recorreram a estas tácticas no passado, (…) empenharam-se em desinformação e propaganda para pintar a Ucrânia como agressor, fabricaram um pretexto para uma invasão e entraram”. Disse Ned Price, Porta-voz da Casa Branca.
Uma alegação que surge quando o número de tropas russas na fronteira ucraniana continua a aumentar. Ned Price explicava, em conferência de imprensa, que o governo russo tem várias opções e que uma delas é “a produção” de um “vídeo de propaganda como pretexto para iniciar, e potencialmente justificar, uma agressão militar contra a Ucrânia”. O Kremlin continua a negar todas as acusações que lhe são feitas pela Casa Branca e acusa EUA e a NATO de porem em causa a segurança da região.
“A Rússia manterá uma posição dura ao mesmo tempo que indica que não está fechando as portas às conversações. Acordos tão complexos não são alcançados numa atmosfera relaxante, pelo que todos os métodos de persuasão estão a ser utilizados, incluindo a demonstração de força”. Disse Fyodor Lukyanov, conselheiro para as Políticas Externas e de Defesa.
O anúncio de Joe Biden do destacamento de 3.000 tropas para evitar um possível conflito não agrada a Moscou. Mas o fato de a Rússia e a Bielorrússia iniciarem, na próxima semana, exercícios militares conjuntos é mais um motivo de preocupação para a Ucrânia que teme uma incursão russa desde 2014, altura em que o país anexou a Crimeia.
O presidente turco ofereceu-se para acolher uma cimeira para gerir a crise entre Ucrânia e Rússia.