Depois da escalada de violência das últimas semanas, a Turquia confirmou neste domingo o início de uma nova ofensiva na Síria e divulgou imagens de um alegado ataque com drones contra tanques sírios.
A tensão entre Ancara e Damasco piorou depois da morte de 33 soldados turcos num ataque aéreo atribuído ao governo de Bashar al-Assad. Foi a maior perda sofrida pelo governo de Erdogan desde que o país entrou no conflito, em 2016.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, cerca de 90 membros das forças de Damasco morreram em bombardeamentos de retaliação.
Relações entre Turquia e Rússia
Os últimos confrontos entre a Turquia e a Síria interromperam o bom momento que o governo turco vivia com a Rússia. No sábado, Erdogan pediu ao presidente Vladimir Putin, para sair “do caminho” da Turquia. “Ontem, perguntei ao sr. Putin, o que é que ele fazia ali? Se quer estabelecer uma base, faça-o, mas saia do nosso caminho e deixe-nos frente a frente com o regime”.
Um dia depois, o ministro da Defesa turco garantiu que Ancara não procura confrontos com Moscou e que o objetivo da ofensiva é “acabar com os massacres do regime e impedir uma onda de migração”.
Idlib
Idlib é o último reduto de rebeldes que lutam contra o regime sírio. Por isso, com apoio da Rússia, as tropas de Assad conduzem, desde dezembro, uma ofensiva para controlar a região e garantir o controlo sobre todo o território do país.
A escalada de violência aumenta os receios da comunidade internacional, que alerta para a tragédia humanitária.
FONTE: Euronews