Três soldados russos morrem após ataque de rebeldes na Síria

Defesa Civil resgata homem ferido após ataque na cidade síria de Marshamsha que, segundo ativista, foi realizado por forças do governo - KHALIL ASHAWI / REUTERS Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/tres-soldados-russos-morrem-apos-ataque-de-rebeldes-na-siria-17825876#ixzz3pA7PVD2Y  © 1996 - 2015. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuíd
Defesa Civil resgata homem ferido após ataque na cidade síria de Marshamsha que, segundo ativista, foi realizado por forças do governo – KHALIL ASHAWI / REUTERS

BEIRUTE – Ao menos três russos que lutavam junto às forças da Síria foram mortos e vários outros feridos após explosão de um morteiro na base de posicionamento na província costeira de Latakia na noite de segunda-feira, informou uma fonte militar do governo sírio nesta terça-feira. Se confirmadas, estas seriam as primeiras mortes russas desde que Moscou começou os bombardeios aéreos em apoio ao regime do presidente sírio Bashar al-Assad em 30 de setembro

A embaixada russa em Damasco disse não ter informações sobre os relatos e o Ministério da Defesa em Moscou não comentou o caso.

Rami Abdulrahman, chefe do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), que monitora o conflito, afirmou à agência de notícias que fontes na região confirmaram as mortes, mas não informaram números. Ele afirmou que não eram forças russas oficiais, mas sim voluntários.

A fonte do governo, próxima aos assuntos militares na Síria, afirmou que pelo menos 20 russos estavam no ponto na região de Nabi Younis quando houve o ataque.

— É uma probabilidade de 90% que o morteiro foi lançado pelos militantes — disse a fonte, em referência aos grupos insurgentes que o exército sírio combate, com apoio de forças iranianas e militantes do Hezbollah.

O governo russo afirmou que não há soldados russos em papéis de combate na Síria, mas há treinadores e consultores atuando junto ao exército sírio e forças cuidando de bases na Rússia no oeste do país. O Kremlin afirmou que não se encarrega de recrutar e enviar combatentes voluntários.

TRANSIÇÃO POLÍTICA

A Turquia está pronta para aceitar uma transição política na Síria na qual o presidente Bashar al-Assad permaneça simbolicamente no poder por seis meses antes de deixar o cargo, informaram funcionários de alto escalão do governo nesta terça-feira, acrescentando que o país discute o plano com aliados ocidentais.

— Um plano está sendo trabalhando para gerenciar a saída de Assad (…) que poderia permanecer seis meses e aceitamos porque haverá uma garantia de sua partida — disse um dos funcionários a Reuters sob condição de anonimato. — Progredimos com o tema até certo nível com os Estados Unidos e outros aliados. Não há um consenso exato sobre quando começaria o período de transição de seis meses, mas acreditamos que não será em muito tempo.

Um dos funcionários turcos disse que os Estados Unidos vão apresentar a proposta à Rússia, mas não esclareceu se Moscou aceitará a ideia.

Os países europeus chegaram a encontrar uma posição comum sobre o papel que Assad deveria exercer na solução da crise síria. A França se inclina para uma saída do líder o mais rápido possível, enquanto a Alemanha prefere que a fase de transição esteja em andamento antes da renúncia.

Esta terça-feira, o Reino Unido afirmou que a transição depende da saída de Assad “em algum momento” como parte de um acordo entre as potências mundiais.

No início de outubro, o presidente sírio afirmou em uma entrevista à televisão estatal do Irã que o futuro da Síria não depende de nenhum funcionário estrangeiro, incluindo o período de transição proposto.

FONTE: O GLOBO

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