A embaixada russa em Damasco disse não ter informações sobre os relatos e o Ministério da Defesa em Moscou não comentou o caso.
Rami Abdulrahman, chefe do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), que monitora o conflito, afirmou à agência de notícias que fontes na região confirmaram as mortes, mas não informaram números. Ele afirmou que não eram forças russas oficiais, mas sim voluntários.
A fonte do governo, próxima aos assuntos militares na Síria, afirmou que pelo menos 20 russos estavam no ponto na região de Nabi Younis quando houve o ataque.
— É uma probabilidade de 90% que o morteiro foi lançado pelos militantes — disse a fonte, em referência aos grupos insurgentes que o exército sírio combate, com apoio de forças iranianas e militantes do Hezbollah.
O governo russo afirmou que não há soldados russos em papéis de combate na Síria, mas há treinadores e consultores atuando junto ao exército sírio e forças cuidando de bases na Rússia no oeste do país. O Kremlin afirmou que não se encarrega de recrutar e enviar combatentes voluntários.
TRANSIÇÃO POLÍTICA
A Turquia está pronta para aceitar uma transição política na Síria na qual o presidente Bashar al-Assad permaneça simbolicamente no poder por seis meses antes de deixar o cargo, informaram funcionários de alto escalão do governo nesta terça-feira, acrescentando que o país discute o plano com aliados ocidentais.
— Um plano está sendo trabalhando para gerenciar a saída de Assad (…) que poderia permanecer seis meses e aceitamos porque haverá uma garantia de sua partida — disse um dos funcionários a Reuters sob condição de anonimato. — Progredimos com o tema até certo nível com os Estados Unidos e outros aliados. Não há um consenso exato sobre quando começaria o período de transição de seis meses, mas acreditamos que não será em muito tempo.
Um dos funcionários turcos disse que os Estados Unidos vão apresentar a proposta à Rússia, mas não esclareceu se Moscou aceitará a ideia.
Os países europeus chegaram a encontrar uma posição comum sobre o papel que Assad deveria exercer na solução da crise síria. A França se inclina para uma saída do líder o mais rápido possível, enquanto a Alemanha prefere que a fase de transição esteja em andamento antes da renúncia.
Esta terça-feira, o Reino Unido afirmou que a transição depende da saída de Assad “em algum momento” como parte de um acordo entre as potências mundiais.
No início de outubro, o presidente sírio afirmou em uma entrevista à televisão estatal do Irã que o futuro da Síria não depende de nenhum funcionário estrangeiro, incluindo o período de transição proposto.
FONTE: O GLOBO