Os novos caças russos Su-35S, que já têm 24 unidades encomendadas para a China, começaram a ser testados no combate ao Estado Islâmico (EI) na Síria. Os quatro modelos atualmente em operação foram entregues às Forças Aeroespaciais da Rússia em novembro do ano passado.
“Antes de fornecer os Su-35S para a China, o Ministério da Defesa e a agência russa de exportação de armamentos, Rosoboronexport, têm que realizar testes dos aviões em condições de combate”, disse à Gazeta Russa um representante do complexo militar-industrial russo.
Características técnicas do novo caça SU-35s
No final de 2015, Rússia e China assinaram um acordo para o fornecimento de 24 novos caças Su-35S no montante de quase US$ 2 bilhões. Cada caça tem custo estimado em US$ 83 milhões.
“A participação das forças aéreas russas no conflito sírio já aumentou o interesse de compradores nos modelos Su-24, Su-25M e no bombardeiro Su-34. As informações sobre a participação dos Su-35S facilitarão suas vendas no mercado internacional”, acrescentou a fonte.
O Su-35S é um caça de múltiplas funções construído na base da plataforma T-10S, com a aerodinâmica do Su-27 e equipamentos aviônicos de quinta geração. Segundo o programa de armamento estatal, as Forças Aeroespaciais russas receberão 96 unidades até 2020.
Além da China, Indonésia e Emirados Árabes Unidos também já demonstraram interesse em adquirir o novo modelo de caça russo e mantêm negociações com a Rosoboronexport.
Recentemente, o norte-americano F-22 “Raptor”, análogo* do Su-35S, realizou um voo entre uma base aérea na Itália e o território da Síria para demonstrar sua capacidade de combate.
Ameaça turca
Após o ataque da aviação turca contra o bombardeiro Su-34, em novembro de 2015, todos os aviões russos realizam tarefas militares na Síria sob proteção do sistema de defesa aérea S-400.
Na sexta-feira passada (29), as unidades da Força Aérea turca entraram novamente em estado de alerta devido a uma suposta violação de espaço aéreo por um Su-34 russo. Moscou, porém, negou a informação e garantiu que nenhum avião russo havia cruzado a fronteira turco-síria.
Segundo o diretor do Centro da Situação Estratégica, Ivan Konovalov, os caças Su-35S também estão sendo enviados à região para fortalecer o agrupamento das Forças Aeroespaciais da Rússia, “tendo em conta a atual situação política”.
“Trata-se de um caça de múltiplas funções que pode realizar combate aéreo e destruir alvos terrestres”, completa o observador militar, ressaltando que, hoje, os pilotos da Força Aérea turca têm permissão para tomar decisões de forma independente e derrubar qualquer avião que represente perigo à segurança nacional.
FONTE: Gazeta Russa