A China vai ajudar o governo sírio na luta contra o Estado Islâmico (ISIS) através do envio de “conselheiros militares”, segundo relatos da mídia internacional.
“Os chineses estarão chegando nas próximas semanas”, disse um oficial do exército sírio disse ao site de notícias com sede no Líbano, Al-Masdar Al-‘Arabi.
O relatório afirma que um navio da PLA-Navy está a caminho para a Síria, com dezenas de “conselheiros militares” a bordo. Eles vão supostamente estar acompanhados por tropas.
O exército chinês, o maior do mundo, conhecido como Exército Popular de Libertação conta com 2,3 milhões de soldados. O navio já passou o Canal de Suez no Egito e esta fazendo o seu caminho através do Mar Mediterrâneo. De acordo com o site, os conselheiros vão se juntar pessoal russo na região de Latakia.
Enquanto isso, um site de notícias militar israelense, DEBKAfile, citou fontes militares, dizendo que um porta-aviões chinês, o Liaoning, acompanhado por um cruzador teria sido visto no porto sírio de Tartus, na costa do Mediterrâneo.
A notícia vem depois que a Rússia, Irã, Iraque e Síria concordaram em estabelecer um centro de informações conjunta em Bagdá para coordenar suas operações contra os militantes do Estado Islâmicos, de acordo com fontes.
“O principal objetivo do centro será reunir, processar e analisar informações atuais sobre a situação no Oriente Médio, principalmente para a luta”, disse uma fonte militar-diplomática à agências de notícias russas neste sábado.
O presidente russo, Vladimir Putin, foi recentemente questionado sobre a presença da Rússia na Síria, ao que ele respondeu que as atividades da Rússia se limitam a fornecer armas para o governo sírio, treinamento de pessoal e prestação de ajuda humanitária para o povo sírio.
“Agimos com base na Carta das Nações Unidas, ou seja, os princípios fundamentais do direito internacional moderno, segundo o qual este ou aquele tipo de ajuda, incluindo a assistência militar, pode e deve ser fornecida exclusivamente ao governo legítimo de um país ou de outro, em cima o seu consentimento ou solicitação, ou conforme decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas “, disse Putin ao ’60 Minutes’ da CBS.
Putin reiterou seu apoio para Exército regular da Síria, o exército do presidente Bashar Assad. “Ele Assad é confrontado com o que alguns dos nossos parceiros internacionais interpretam como uma oposição. Na realidade, o exército de Assad está lutando contra organizações terroristas”, disse Putin.
Presidente da Rússia acrescentou que as tentativas dos EUA para treinar a oposição síria para assumir Estado Islâmico falharam. Os EUA tinham apontado para preparar até 12.000 combatentes, mas apenas 60 conseguiram completar o treinamento e apenas quatro ou cinco realmente lutaram com a oposição, enquanto outros fugiram para o IS com armas americanas, disse Putin, citando as audiências do Senado dos EUA.
“Na minha opinião, a prestação de apoio militar às estruturas ilegais é contrária aos princípios do direito internacional moderno e da Carta das Nações Unidas”, disse ele.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Speisa.com