MOSCOU – O navio russo, que tentou fornecer helicópteros de ataque ao regime sírio em 13 de junho, em meio ao derramamento de sangue, deixou o porto com a mesma controversa carga a bordo.
Não houve indicação imediata de que o navio de carga Alaed, acabaria tentando entregar o equipamento diretamente à Síria, ou se tentaria deixar em um local intermediário.
“Os helicópteros Mi-25 estão retornando à Síria após manutenção, a bordo do Alaed, que suspendeu do porto de Murmansk para outro porto na Rússia”, informou a Rosoboronexport em um comunicado.
Uma fonte em Murmansk disse à agência de notícias Interfax, que o navio partiu em 10 de julho para o porto de Baltiysk, em Kaliningrado, para o leste da Polônia.
O site marinetraffic.com mostrou sinal de radar do navio, chegando ao largo da costa norueguesa, em seu último reporte em 12.07.
O sinal do navio foi desligado em 13.07, e um relatório citando o seu proprietário, FEMCO, disse que o Alaed está planejando atracar em São Petersburgo, no final da próxima semana.
As declarações oficiais russas dizem que iriam tentar entregar novamente as armas ao governo o presidente sírio, Bashar Assad, apesar dos apelos para que Moscou participe do embargo de armas.
O ministério das Relações Exteriores da Rússia confirmou que o Alaed estava planejando entregar três helicópteros de ataque reparados e um sistema de defesa aérea para a Síria, quando foi denunciado pelo Departamento de Estado dos EUA, no mês passado.
O cargueiro de 9.000 toneladas foi forçado a voltar, quando a sua seguradora britânica informou que não garantiria cobertura securitária.
A Rússia alega que precisa retornar com os helicópteros para a Síria, devido a um contrato comercial assinado três anos antes de começar o atual conflito, entre as forças do regime e a oposição armada.
Fontes oficiais sugeriram que as aeronaves poderiam ser transportadas para a Síria por via aérea. Porém, indícios mais recentes dizem que a Rússia preferiu tentar a rota marítima pela segunda vez.
Alaed parte de do porto no momento que uma frota da Marinha Russa se desloca para o Mediterrâneo para realizar exercícios e que Moscou disse que não estão ligados ao conflito armado na Síria.
Moscou continua sendo radicalmente contra qualquer tentativa de derrubar Assad do poder e ameaçou vetar uma resolução apoiada pelo Ocidente, que poderia impor sanções econômicas a Damasco, se falharem as negociações para a paz.
A Rosoboronexport negou veementemente as informações contidas em um relatório de que os navios da Marinha Russa estavam transportando tecnologia militar para Assad. A agência chamou os relatórios de “conjecturas … que poderiam causar sérios danos à cooperação militar e tecnológica da Rússia com outros países”.
Uma fonte da Frota Russa no Báltico disse que dois dos destróieres de escolta, o Yaroslav Mudry ou o Nestrashimy, poderiam escoltar o Alaed. “Eles poderiam acompanhar o Alaed para seu porto de destino, em outras palavras, para o porto na Síria que poderia ser o de Taurus, por exemplo”, disse o oficial da Marinha Russa a Interfax.
FONTE: Defense News
TRADUÇÃO e ADAPTAÇÂO: Defesa Aérea & Naval