O contra-almirante Eduard Mikhailov, vice-comandante da Frota do Pacífico da Rússia, está comandando os navios, incluindo um navio anti-submarino e mostrou o que seu país pode oferecer a uma nação do Sudeste Asiático, que tem sido por muito tempo um aliado dos EUA.
“Você pode escolher, cooperar com os Estados Unidos da América ou cooperar com a Rússia”, Mikhailov disse a repórteres através de um intérprete no porto de Manila depois de uma cerimônia de boas vindas. “Do nosso lado, podemos ajudá-lo em todos os sentidos que você precisar.”
“Temos certeza de que, no futuro, teremos exercícios com vocês. Talvez, apenas manobrando ou talvez utilizando sistemas de combate e assim por diante”, disse ele.
O navio anti-submarino Admiral Tributs e o navio tanque Boris Butoma têm uma ampla gama de recursos de combate. Os filipinos serão autorizados a visitar as enormes navios e os fuzileiros russos irão demonstrar a sua capacidade de combate durante a visita de oficiais, de acordo com a Marinha filipina.
Com um militar subfinanciado e subequipado, as Filipinas tem lutado para lidar com ataques de militantes do grupo Abu Sayyaf em busca de resgate e pistoleiros aliados, que sequestraram tripulantes de rebocadores e navios da vizinha Malásia e Indonésia no Mar Sulu e águas distantes.
A Rússia pode ajudar através de futuros exercícios de combate, disse Mikhailov. “Nós temos uma experiência na luta contra essas ameaças. “Vamos compartilhar com você nosso conhecimento sobre estes problemas, como resolver a pirataria e terrorismo”, disse ele.
Depois de as autoridades russas e filipinas se reuniram em Manila, em agosto, os dois países começaram a elaborar um acordo de cooperação de defesa proposto que pudesse ser assinado durante a visita planejada pelo presidente Rodrigo Duterte à Rússia em abril.
A visita dos navios da Marinha russa é a terceira para as Filipinas e a primeiro desde que Duterte assumiu o cargo em junho. Duterte atacou Presidente Barack Obama e sua administração, por criticar a repressão mortal de Duterte as drogas ilegais que se temia ter deixado como suspeitos mais de 6.000 pessoas, entre traficantes e usuários de drogas.
Em contraste, Duterte se voltou para a China e Rússia, cujos líderes ele se reuniu recentemente, em uma mudança dramática na política externa das Filipinas, colocando Washington em um dilema.
As Filipinas tem dependido fortemente dos EUA, seu aliado para armas, navios e aeronaves durante anos, embora tenha optados para outros países quanto a equipamentos de defesa. Depois de visitar Moscou no mês passado, o secretário de Defesa Delfin Lorenzana disse que o exército filipino estava considerando a compra de rifles da Rússia.
Duterte tem repetidamente ameaçado cancelar a presença de tropas dos Estados Unidos e exercícios conjuntos com os americanos nas Filipinas.
FONTE: Associated Press
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN