Por Eugenio Goussinsky
Dois bombardeiros da Rússia, Tu-160, chegaram à Venezuela, no Aeroporto Internacional de Maiquetá, nesta segunda-feira (10). As aeronaves aterrissaram acompanhadas de um avião de transporte militar An-124 e uma aeronave IL-62, conforme informou o jornal Sputnik News.
As aeronaves supersônicas teriam capacidade para transportar mísseis de cruzeiro com ogivas nucleares em um raio de cerca de 5 mil quilômetros e possibilitam manobras militares conjuntas entre os dois países.
Segundo o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, o objetivo é fortalecer a defesa do território venezuelano, se houver necessidade.
O ministério de Defesa da Rússia confirmou o envio e garantiu que os voos seguiram as normas internacionais.
“O voo foi realizado em estrito acordo com as regulamentações internacionais para o uso do espaço aéreo.”
As aeronaves supersônicas teriam capacidade para transportar mísseis de cruzeiro com ogivas nucleares em um raio de cerca de 5 mil quilômetros e possibilitam manobras militares conjuntas entre os dois países.
O governo do presidente Nicolás Maduro tem repetido constantemente que a grave crise que assola o país, com a inflação podendo chegar a 1,3 milhão ao ano e escassez de alimentos e serviços, é em grande parte decorrente de um boicote de países liderados pelos Estados Unidos.
Para contrabalançar o que considera uma ameaça americana à sua soberania, o governo do presidente Maduro tem se aliado com países não-alinhados neste momento aos Estados Unidos.
Na última semana Maduro já havia se encontrado com o presidente Vladimir Putin, em Moscou, em reunião que definiu que a Rússia irá investir mais de US$ 6 bilhões (R$ 23,51 bilhão) no setor petrolífero venezuelano.
Na semana passada o Irã, que é alvo de sanções econômicas americanas por supostamente ter desobedecido o acordo nuclear, também havia anunciado planos de integração militar com a Venezuela.
FONTE: R7