Pilotos da FAC se negam a voar o caça Kfir

KFIR_FAC_at Nellis Air Force Base

Por Carlos Venegas

Devido aos constantes incidentes registrados durante voos que realizaram nos caças Kfir C10 e C12 da FAC, pelo menos 10 pilotos da Ala de Combate do Escuadrón 111 tomaram a iniciativa de “pendurar os capacetes” para pedir a baixa deste equipamento, único caça bombardeiro e de defesa aérea com que conta a Colômbia.

Por estas restrições até esta data, na próxima exibição aérea F-Air 2015 e no desfile da Independência de 20 de julho, os Kfir não realizarão a tradicional apresentação aérea a que estão acostumados os colombianos.

A frota de caças Kfir da Força Aérea Colombiana foi objeto de uma modernização em eletrônica e armamento que superou os 300 milhões de dólares e que se esperava , estariam operativos até 2025. Mas pelos reiterados problemas detectados e com a perda de 5 destas aeronaves em acidentes, a Força Aérea Colombiana iniciou um processo de avaliação de outros meios aéreos que complementem e substitua a médio prazo o Kfir. Não obstante, as constantes solicitações da FAC e do ministério de Defensa tem tropeçado com os interesses do ministério da Fazenda, que nega veementemente a existência de recursos para uma nova compra de aviões de caça.

O processo de modernização e aquisição de caças Kfir se iniciou quando o atual presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, era quem dirigia a Defesa Nacional durante o governo de Álvaro Uribe Vélez, e que este processo não contou com requerimentos mínimos para fechar um contrato deste valor, desconhecendo-se como se fechou o processo de escolha desta plataforma, pois o Kfir so seria operado pela Colômbia, tendo dado baixa há bastante tempo por Israel, país que o fabricou durante os anos 80, e pelo Equador, que os colocou na reserva há pouco tempo, optando pela compra de aviões sul-africanos Cheetah C usados, mas em melhores condições de voo.

Ainda que Kfir conte com tecnologia de quarta geração e seu armamento tenha lhe dado novas capacidades, seu motor é obsoleto, sendo esta uma das razões de não ter sido possível integrar satisfatoriamente dentro da modernização que foi feita nos caças pela empresa israelense IAI. Apesas de sua célula ser cópia do caça francês Mirage III, não é possível realizar manobras de um avião de caça, chegando ao máximo de sua capacidade de manobra apenas a 7.5Gs, quando o normal é que um caça que queira cumprir a missão, deve pelo menos atingir a 9Gs.

Se espera que com esta medida de pressão adotada pelos pilotos da FAC, agilize a aquisição de um novo caça, em um processo onde 3 alternativas estão sendo avaliadas: o F-16 da Lockheed Martin, o Mirage 2000-5 da francesa Dassault e o Gripen C da SAAB. Mas novamente o interesse se centra em caças usados, o que poderia ocasionar um cenário similar ao atual com os Kfir, pois os caças oferecidos, superam os 20 anos de fabricação.

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN

FONTE:Defensa.com

Sair da versão mobile