O estabelecimento de uma zona de identificação de defesa aérea nas águas disputadas do mar do Sul da China vai depender da situação de segurança na região, disse no domingo o general Sun Jianguo, vice-chefe do Estado Maior do Exército Popular de Libertação da China.
Falando no fórum de segurança na região Ásia-Pacífico, em Cingapura, ele afirmou que as ações da China no mar têm sido pacíficas e legítimas, advertindo outros países contra tentativas de “semear a discórdia”.
“Não há nenhuma razão para as pessoas se preocuparem com esta questão no mar do Sul da China”, disse, acrescentando que a criação da zona de identificação depende das ameaças à segurança aérea ou marítima.
Ele rejeitou os comentários recentes do secretário de Defesa dos EUA, Ash Carter, de que os projetos de recuperação de territórios de Pequim nas águas disputadas em todo o arquipélago de Spratly no mar do Sul da China aumentariam alegadamente o risco “de erro de cálculos ou do conflito”, não estando conformes com as regras internacionais.
“Esperamos que os países parceiros trabalhem juntos na mesma direção para estabelecer a paz, a amizade e a cooperação no mar do Sul da China”, acrescentou.
No ano passado, especialistas militares independentes afirmaram que Pequim planeja estabelecer uma zona de identificação no espaço aéreo das disputadas Ilhas Paracel e no arquipélago de Spratly, que também são reivindicadas por Brunei, Vietnã, Malásia e Filipinas. Inicialmente, os representantes da China negaram tal possibilidade, mas, em seguida, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que “esse é um direito soberano dos Estados, que a China também possui”.
Nesta quinta-feira (28) a China avisou os EUA para não empreenderem ações provocatórias no mar do Sul da China. Ao longo das duas últimas semanas a tensão devido à disputa territorial no mar do Sul da China aumentou.
No passado, Pequim tem repetidamente dito a Washington para não se envolver em disputas territoriais na região da Ásia-Pacífico, sublinhando que os EUA não têm nada a ver com a situação.
O desejo de Washington de agir como um “policial do mundo” enviando navios militares e aviões para o mar do Sul da China para “patrulhar” o território perto da China poderá levar ao conflito armado entre os dois países.
FONTE: Sputniknews