Os esforços do Pentágono para desenvolver o Vale do Silício, começam a dar frutos com o lançamento de um drone, fabricado por uma empresa em San Diego (Califórnia), para voar acompanhando os pilotos em combate.
A Kratos Defense & Security Solutions anunciou o lançamento de dois drones especialmente concebidos para agir em apoio à pilotos em combate. O desenvolvimento desses dispositivos chamados UTAP-22 Mako foram financiados pelo DIUx, o laboratório do Departamento de Defesa no Vale do Silício. Em adição, a empresa também introduziu um outro dispositivo, o XQ-222 Valkyrie, com mais de 9 metros de comprimento e com um alcance de mais de 3.000 milhas náuticas (4.800 kms).
Especialistas em aviação dizem que eles possuem capacidade de voo supersônico, tanto em velocidade e altitude, esses modelos podem funcionar perfeitamente com um F-16 ou F-35. Por sua parte, a empresa diz que estes drones já foram testados com sucesso com aeronaves tripuladas. A este respeito, ele disse que em breve vai iniciar uma nova rodada de testes no deserto de Mojave (Califórnia). Nestes testes uma tecnologia ainda mais avançada será utilizada para determinar o nível de autonomia desses drones.
O piloto pode controlar os drones através de um pequeno tablet (Android), durante a maior parte do vôo, onde o drone deve manobrar sem a ajuda de um ser humano e baseando todos os seus movimentos na tecnologia de inteligência artificial, ao usar sensores para limitar os movimentos de um avião nas proximidades.
O teste, previsto para julho, vai continuar com uma demonstração em um exercício militar, de acordo com a própria empresa.
“Para explorar a capacidade de manobra de um desses drones, isso requer a capacidade para detectar explosões”, Disse Dave Deptula ex-general da Força Aérea dos EUA, que agora atua como reitor do Instituto Mitchell de Estudos do Poder Aerospacial, um “think tank” em Arlington.
Estes testes foram solicitados pelos militares para determinar o papel potencial da robótica em guerras futuras. Alguns argumentam que os drones são propensos a acompanhar mas não substituir o F-35. A Marinha dos Estados Unidos está explorando algumas opções semelhantes com submarinos autônomos para encontrar minas submarinas.
O uso de sistemas robóticos para aeronaves tripuladas poderia aumentar muito de forma prática e segura, por exemplo, podendo serem enviados de forma autônoma para atacar o inimigo. Lembrando que os drones são mais baratos do que os caças tripulados, custando entre US$ 2 e US$ 3 milhões.
Não há nenhuma dúvida que o Mako representa um grande passo na indústria aviões não tripulados após o Predator e o Reaper, que são amplamente utilizados para a vigilância e ataques em lugares como o Iraque, Afeganistão e Paquistão.
“Estes sistemas podem realizar missões totalmente autônomos”, disse Steven Fenley, presidente da divisão de sistemas não-tripulados da empresa.
Funcionários do DIUx não deram quaisquer declarações sobre novos drones de Kratos. O Secretário de Defesa Ashton Carten, foi o idealizador deste centro no Vale do Silício em 2015, e encomendou o projeto para a Inovação em Defesa com o objetivo de encontrar e financiamento de tecnologias inovadoras fora de Washington. No entanto, o início foi um pouco complicado, pois Carter mesclou pessoas de sua equipe dentro deste projeto e o Congresso tomou medidas para limitar o financiamento da agência, alegando que havia uma falta de direção.
O contrato de USD 12,6 milhões da Kratos com o DIUx para explorar o uso autônomo dos drones minúsculos de alta velocidade em comparação com alguns contratos de desenvolvimento militar, podem chegar a milhares de dólares.
“Este é um exemplo de como o DIUx encontrou e conseguiu para financiar ideias inovadoras. É uma ótima maneira de reforçar as empresas que ainda não estão totalmente estabelecidas”, disse Deptula.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Infobae