O presidente da delegação do Paraguai no parlamento do Mercosul (Parlasul), Alfonso González, exigiu ao Brasil nesta segunda-feira uma “imediata reparação compensatória” e que admita sua culpa por uma suposta incursão em território paraguaio que militares brasileiros fizeram em uma missão para combater o tráfico de drogas.
“A arrogância das forças de segurança do Brasil se manifestou novamente durante a recente operação “Ágata”, um colossal e anual desdobramento de soldados militares e policiais, armamento e equipamentos bélicos ao longo da faixa de fronteira com o Paraguai”, diz González em artigo divulgado nesta segunda-feira no site do parlamento do Mercosul.
Conforme disse ontem à Agência Efe o porta-voz da marinha paraguaia, o capitão de corveta Miguel Salum, lanchas militares brasileiras entraram duas vezes em território paraguaio, no Lago Itaipu, e houve troca de tiros, o que motivou uma nota de protesto do Paraguai ao Brasil.
O governo brasileiro informou que investiga o caso e anunciou que enviará ainda hoje uma resposta formal ao governo do Paraguai.
De acordo com o parlamentar, o Brasil não pediu a autorização do Paraguai para fazer a operação.
Ele ainda acusou os militares de roubar seis embarcações paraguaias em águas paraguaias e qualificou caso no Lago Itaipu de “atentado fratricida contra os afãs de integração em uma região da América do Sul”.
Segundo escreveu, o Brasil é um “nostálgico descendente do imperialismo opressivo” e um “foco do colonialismo lusitano”.
O representante paraguaio no parlamento regional, com sede em Montevidéu (Uruguai), exigiu uma o Executivo brasileiro “admita a culpabilidade e solicite a indulgência de seu par compatriota, oferecendo segurança plena de que tal ação não voltará a acontecer”.
FONTE: EFE – Terra