O demonstrador de tecnologia Neuron será a base de muitas aeronaves, não só de drones de combate mas também de futuros aviões de combate não tripulados.
Em 6 de julho a Força Aérea Francesa realizou os testes iniciais do drone Neuron, segundo o porta-voz da agência de contratos de defesa da França. O Neuron voou em alto mar por “cerca de uma hora”, acompanhado durante algum tempo por caças Rafale. O teste de voo foi um obstáculo crítico antes do avião furtivo (de tecnologia “stealth”) de nova geração atingir a fase de produção e ser finalmente incorporado nas Forças Armadas.
A velocidade máxima do drone é de 980 km/h, em altitudes de até 14.000 metros, com uma carga de munição de duas bombas de 230 kg, que o permitem destruir instantaneamente alvos hostis identificados.
A França deposita grandes esperanças neste drone furtivo, com o custo por unidade chegando a impressionantes US $ 27,6 milhões (R$ 93), comparável ao custo de produção de um caça de quarta geração. O drone é de “alta tecnologia” e os especialistas franceses esperam usá-lo em futuros projetos de aviões de combate.
O Neuron vai passar por outra série de testes para avaliar a eficácia da dissimulação eletromagnética, que prosseguirão até o início de 2017, antes que a tecnologia seja convertida para o projeto futuro do avião de combate não tripulado.
O próprio Neuron não será produzido, mas é uma pedra angular de um projeto conjunto da França, Grécia, Itália, Espanha, Suécia e Suíça de uma aeronave furtiva autônoma que poderá substituir os veículos aéreos tripulados, prevenindo baixas de pilotos no futuro.
No entanto, alguns especialistas de ética expressam preocupação em relação ao projeto: operar um avião de combate no futuro poderá ser mais semelhante a uma simulação, tornando os homicídios de guerra em jogos de vídeo.
FONTE: Sputnik