Estas fontes contaram ao The Daily Star que o navio de bandeira de Sierra Leone carregava armamento leve, médio e pesado.
Saqr solicitou que a Polícia Militar interrogasse os suspeitos e que descobrisse em que porto as armas foram carregadas e a quem elas deveriam ser entregues.
Numa declaração emitida neste sábado, o Exército Libanês confirmou a confiscação das armas abordo do navio.
“O Exército interceptou na sexta-feira ao largo da costa norte o navio comercial de bandeira de Sierra Leone “Lutfallah II”; o Exército e as autoridades pertinentes inspecionaram o navio e confiscaram três containers com grande variedade de armas diversas além de munição de pesado, médio e leve calibre.”
A declaração revelou ainda que os onze membros detidos da tripulação é formada por árabes de diversas nacionalidades e de estrangeiros.
O presidente [libanês] Michel Sleiman parabenizou o Exército, no sábado, por ter capturado o navio. Ele disse que esta medida faz parte dos esforços para a preservação da paz, sendo uma perfeita concretização da decisão do estado libanês para evitar que o país passe a ser uma arena de conflito para terceiros, ou mesmo, uma “via para acertos contas”.
De acordo com seu escritório de imprensa, Sleiman ainda salientou a importância de se manter o Exército e as forças de segurança alertas para afastar os riscos que podem incitar conflitos, atrapalhar a estabilidade ou adversamente afetar ao relacionamento do Líbano com os seus vizinhos.
O Lutfallah II, destinado para a Síria foi levado pelas autoridades libanesas e transportado para a base da Marinha Libanesa no porto de Beirute neste sábado, após ter sido interceptado em águas libanesas na sexta e forçado a aportar no porto de Salaata.
O navio deixou a Líbia para o porto egípcio de Alexandria, seguindo, então, caminho para a Síria, quando ele adentrou águas libanesas.
O proprietário do navio é um sírio identificado como Mohammad Khafaja e seu agente de carga libanês era Ahmad Bernard. Khafaja e Bernard foram presos, assim como o agente da alfândega desembarcando o conteúdo do navio – listado falsamente nos documentos como óleo lubrificante.
Ainda não há confirmação se o navio pretendia entrar num porto libanês.
Autoridades sírias repetidamente alegaram que armas estão sendo contrabandeadas do Líbano para ajudar aos rebeldes que buscam a derrubada do presidente Bashar Assad.
Fonte: Jornal The Daily Star
Tradução: Felipe Salles – Alide