Na visita de Dilma Rousseff aos EUA, Washington Times alerta: “Ela está contra nós”.

Quem acredita que os americanos são politicamente ingênuos e que ainda não entenderam o processo político instalada na América Latina, comete um crasso engano. A prova disso é o texto a seguir. Os americanos já se deram conta de que o “esquerdismo”, típico desta região, esgota-se inteiramente no sentimento de anti-americanismo cego, já que o ideal socialista do tipo cubano ou soviético morreu com a queda do Muro de Berlim. No mais, este anti-americanismo anacrônico é tão vazio quanto um buraco negro.
“A Sra. Rousseff é um exemplo da dura esquerda anti-americana que está se unindo aos países emergentes para testar o poderio dos EUA. Uma das principais metas da missão dela em Washington é obter a aprovação do presidente Barak Obama no que se refere à ambição brasileira em participar do Conselho de Segurança da ONU. O apoio americano para tal seria auto-destrutivo, pois o Brasil votaria contra os interesses americanos no mundo. A Sra. Rousseff, sendo ex-guerrilheira comunista; apóia fortemente governos ditatoriais e anti-americanos, como a Cuba dos irmãos Castro e a Venezuela de Hugo Chavez. Ela também apoia os esforços do governo iraniano para a aquisição de armas nucleares, ao mesmo tempo que lidera um grupo de países que pressionam os EUA no sentido do desarmamento nuclear. Se o planeta está dividido entre aqueles que estão ao nosso favor e aqueles que estão contra nós, a Sra. Rousseff está do lado errado!!!”.
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Obama não tem nada a aprender com líder brasileira na frente econômica. Antes dela chegar ao poder no ano passado, o gigante sul-americano, finalmente, parecia estar engatinhando para a sociedade das nações sérias. Apesar de ser um liberal da mesma velha escola, o ex-presidente Lula da Silva, antecessor da Sra. Rousseff, tomou alguns passos largos para melhorar o Brasil e o clima de negócios e prestígio entre os investidores por meio da atualização de infra-estrutura, trabalhando em colaboração com organizações não governamentais internacionais e empurrando uma agenda moderadamente pró-crescimento econômico. A percepção do progresso ajudou o Brasil aconquistar o direito de sediar os Jogos Olímpicos de 2016 e a Copa de 2014, o coroamento de um povo fanático por futebol.

Rousseff, tomou uma abrupta  medida fiscal, no entanto, apertando para baixo os mercados, instituindo quilômetros de novas  burocracias  e aumentando os gastos do governo. Como na América de Obama, o resultado tem sido o declínio econômico dramático. Durante o auge do governo Lula, a confiança no Brasil  levou as previsões de taxas de longo prazo de crescimento econômico superior a 5%. Mas, sob a direção da nova estadista da coalizão governista, liderada pela Mrs Rousseff do Partido dos Trabalhadores, a economia afundou, com  o produto interno bruto de  2011 crescendo apenas 2,7%, a menor taxa da América do Sul.

Travessuras na Amazônia são de interesse dos americanos, porque o estrangulamento de Brasília sobre o seu povo e a economia, apresenta um alerta  sobre o poder desenfreado do governo como uma ameaça para a democracia. O aumento da perseguição do grupo Família Tradição conservadora e Propriedade (TFP) expõe os perigos da dissidência no mundo em rápida secularização. Fundada na década de 60 para combater o comunismo e promover os valores tradicionais, a TFP – que é bem conhecida nos círculos de Washington e países aliados, no Brasil,  principais opositores de esquerda contra a prioridades como a censura do aborto, e os regulamentos que inibem os direitos a propriedade privada.  Mais recentemente, o Superior Tribunal de Justiça, um dos tribunais de nível superior do Brasil, decidiu em favor de um grupo dissidente, os Arautos do Evangelho. A iniciativa, que ocorreu sob forte pressão das autoridades da igreja, incluindo núncio apostólico do Vaticano, é efetivamente amordaçar a TFP, entregando seus activos aos dissidentes liberais.

Este conto é importante porque o Brasil é hoje a 6ª economia mundial, um líder da coalizão de segunda linha  de estados que tentam extrair vingança por anos de percepção ocidental do  imperialismo do“primeiro mundo”. A narrativa espelha a reação de Obama a ” culpam sempre a América primeiro”.  Brasília também mostra como  de esquerda podem se mobilizar para reprimir dissidentes através da censura e confisco de bens, quando confrontado com a oposição pública. Nesta semana a conversa entre Obama e  a senhora Rousseff, foi mais que um foto-op para dois esquerdistas sussurrando sobre o que o mundo poderia ser, se tivesse mais poder. É sobre o que o mundo está se tornando.

The Washington Times

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