Ministério da Defesa de Portugal: não haverá aviões novos antes da “modernização” dos antigos

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Afinal, o Governo não vai trocar de imediato, os místicos C-130 da Força Aérea pelos KC-390 da brasileira Embraer. Antes irá investir na sua modernização e construir dois navios patrulha oceânicos em Viana do Castelo. Até 2018 serão investidos 1.074 milhões em equipamento militar.

Os C-130 chegaram em 1977 mas continuarão a voar na Força Aérea de Portugal até 2030. Esta foi uma das principais novidades do debate na generalidade sobre a lei da programação militar, que decorreu esta quinta-feira de tarde no Parlamento.

Aos deputados, o ministro da Defesa confirmou ainda a já noticiada construção de dois novos Navios de Patrulha Oceânicos (NPO) nos estaleiros navais de Viana do Castelo, sem indicar os valores destes investimentos.

“Não escolhemos equipamentos para serem exibidos nas paradas. Escolhemos equipamentos para serem operados pelos soldados – equipamentos efetivamente necessários, como os dois Navios Patrulha Oceânicos para o reforço da vigilância da zona econômica e exclusiva de Portugal, a substituição da velha arma ligeira – com mais de 50 anos – ou das aeronaves C-130, com cada vez maiores restrições de sobrevoo no espaço aéreo internacional”, disse José Pedro Aguiar-Branco.

A Força Aérea tem uma frota de seis aparelhos, três do modelo C-130H (29,79 metros) e três C-130H-30 (34,36 metros). Estas aeronaves têm cumprido diversas missões internacionais, a última das quais no Mali, onde estiveram ao serviço da ONU entre setembro e dezembro do ano passado.

Em 2011, 34 anos depois da chegada do primeiro C-130, o ministro da Defesa assinou a carta de intenção de comprar seis KC-390 da Embraer, tendo estado presente em 21 de outubro do ano passado, na apresentação do protótipo desta aeronave. Esta tarde no parlamento, não fez uma única referência ao esperado negócio com os brasileiros, mesmo depois de questionado pela oposição.

Sem nada mais ter anunciado, o governante lembrou o cancelamento dos programas de aquisição dos helicópteros NH90, com “custos superiores a 500 milhões de euros nos próximos anos”, das viaturas blindadas Pandur, “em cumprimento contratual”, e do programa de construções de navios para a Marinha Portuguesa, “que devia estar concluído em 2012 mas que em 2011 tinha uma taxa de execução de apenas 2,5%”. Este contrato, no valor de 480 milhões de euros, previa a construção de seis NPO. Foram construídos dois navios, o Viana do Castelo e o Figueira da Foz, que estão ao serviço da Armada desde março de 2011 e novembro de 2013, respetivamente, e que segundo o ministro da Defesa custaram aos contribuintes “8 milhões de euros”.

NRP Figueira da Foz (P361)

 

“No total, libertamos o erário público, com estas decisões, de encargos futuros superiores a 1.300 milhões de euros”, referiu Aguiar-Branco.

FONTE: Jornal Expresso de Portugal

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