A Marinha peruana investiga a extensão da operação de inteligência chilena que penetrou sua inteligência, por isso eles estão detidos dois agentes que vendiam informações para o país vizinho.
De acordo com informações fornecidas pela Marinha para a estação América Televisión, há mais marinheiros envolvidos no novo caso de espionagem, que segundo o analista Oscar Vidarte , evidencia uma sistemática ação de espionagem do país vizinho, embora ele não acredite que isso afete as relações bilaterais.
A televisão mostrou imagens de entrevistas com os suboficiais de inteligência Johnny Richard Philco Borja e Alfredo Marino Domínguez Rafo, acusados de traição a pátria e capturados meses atrás, em uma operação de contra-inteligência que detectou suas viagens ao exterior.
Ambos negaram serem culpados, argumentando que deram uma breve informação sobre o controle de pesca, a empresários italianos que contrataram Philco em 2002 e Dominguez em 2012, e Philco disse que outros marinheiros forneceram serviços semelhantes.
Os detidos alegaram ter aceito pela necessidade de dinheiro, porque seus salários são muito baixos. A investigação descobriu que os contratantes eram na verdade, agentes de inteligência da marinha do Chile.
Philco foi operador de telecomunicações e fez viagens para a Argentina, Bolívia, Brasil e Chile para liberar informações classificadas, de acordo com o relatório da televisão americana.
Dominguez foi um analista de inteligência da Marinha por 20 anos, e admitiu ter viajado para as cidades brasileiras de Rio de Janeiro e São Paulo para entregar as informações exigidas por seus contratados, que pagaram US$ 200 para cada relatório, diz ele.
O analista Vidarte disse que o caso do suboficial da Força Aérea, Victor Ariza, que foi condenado em 2009 à 35 anos de prisão por vender informações classificadas a agentes chilenos que o contataram em 2002, evidência que a espionagem da inteligência chilena é contínua.
As autoridades anunciaram para as próximas horas uma declaração do Ministérios das Relações Exteriores e Defesa sobre o caso, sem que tenha havido algum protesto diplomático peruano.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Prensa Latina