Por Lucas Vettorazzo
O Brasil lidera um grupo de seis países que monitoram as águas libanesas para evitar a entrada de armas ilegais no país, que faz fronteira com a Síria e com Israel.
Caroli recepcionou ontem a fragata União, que retornou ao Rio após seis meses no país árabe, e contou que a situação no Líbano dá mostras de que pode chegar ao mesmo patamar da que há na Síria.
“A situação na Síria é muito preocupante e pode tragar o Líbano. Os dois países nasceram de um só e há uma quantidade muito grande de grupos pró-Assad por lá”, afirmou, referindo-se ao ditador sírio Bashar al-Assad, que resiste no poder.
O comandante da fragata União, Ricardo Gomes, explicou que o Líbano vive sob forte tensão, principalmente pelo apoio de grupos como o xiita Hezbollah ao governo sírio. “Se o Líbano entra na guerra, a situação geográfica ficará complicada.”
Em seis meses de operação, dois grandes carregamentos de armas foram interceptados pela força-tarefa. Os armamentos teriam como destino o Exército da Síria Livre, de oposição a Assad. “A ideia era interceptar qualquer tipo de armamento, seja ele pró-regime ou não”, disse.
FONTE: Folha de S. Paulo