BATH, Maine (AP) – O maior e tecnologicamente mais sofisticado destróier da nação, irá juntar-se a Marinha, com a menor tripulação de qualquer destróier construído desde os anos 1930, graças à extensiva automação.
O Zumwalt partiu nesta quarta-feira de Bath Iron Works rumo a sua cerimônia de comissionamento com uma tripulação de 147 oficiais e marinheiros, que foram elogiados por seu comandante, por sua preparação ao longo dos últimos três anos para por o primeiro navio da classe, pronto para o dever.
“Neste navio, trabalho em equipe é um prêmio. Três coisas exemplificam esta tripulação: O alto nível de conhecimento técnico, o grande trabalho em equipe e, a dureza de ter feito o que precisa ser feito”, disse o capitão da Marinha James Kirk, antes do navio manobrar e descer o rio Kennebec em direção ao oceano.
O destroyer de 610 pés, já realizou saídas para testes no mar durante uma tempestade de neve, e nesta quarta feira, centenas de pessoas se reuniram para assistir ele se dirigindo para os remanescentes da tempestade tropical Hermine, deixando Maine.
O mar revolto com ondas de até 14 pés de altura perto de Cape Cod, não impedirá o Zumwalt de fazer uma visita quinta-feira em Newport, Rhode Island.
O navio desloca cerca de 15.000 toneladas, cerca de 50 por cento mais pesados que o atuais. Mas o tamanho tripulação é metade dos 300 destes destróiers, e a automação pesada de supressão de incêndio, controle de inundações e outros sistemas significa que menos marinheiros são necessários, parte de uma tendência na Marinha. Os novos porta-aviões da classe Ford vão navegar com redução de centenas de tripulantes.
David Aitken, encarregado do armamento no Zumwalt, disse que todos os marinheiros são treinados, mas partilham de outras tarefas no Zumwalt.
“Todos nós trabalhamos juntos, porque somos uma tripulação enxuta”, disse Aitken, que é o principal supervisor para os marinheiros que operam sistemas de armas do navio. Ele disse que prefere o arranjo porque há mais trabalho a fazer e mais sistemas para aprender.
Mas alguns estão preocupados que a Marinha poderia estar indo longe demais na redução do número de marinheiros. Comandantes gostariam de ter uma “margem adicional”, para o caso de ferimentos ou missões que poderiam deixar a tripulação esgotada, disse o vice-almirante aposentado Pete Daly, CEO do Instituto Naval dos EUA.
O Zumwalt, disse Daly, tem a menor tripulação desde a classe Farragut construída em 1930, que contava com uma tripulação semelhante. E esses navios eram pequenos em comparação com o Zumwalt, acrescentou.
A tripulação do Zumwalt é constantemente mencionada por Kirk, que quer se certificar de que os marinheiros, altamente treinados não sejam ofuscados pela tecnologia do navio. Mas é difícil escapar de alguns fatores mirabolantes do navio.
A ponte parece algo como “Star Trek”, com duas cadeiras cercadas 360º por monitores de vídeo, com inevitáveis comparações do Zumwalt à nave estelar Enterprise e seu fictício Capitão Kirk.
O verdadeiro Kirk dá de ombros para as piadas da Frota Estelar com um sorriso.
“Certamente eu ouço de vez em quando alguém dizendo: ‘Você está indo onde nenhum homem jamais esteve, sobre esta classe de navio”, diz Kirk brincando.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: AP