Presidente venezuelano pede a Constituinte que julgue opositores que não criticaram americano por traição à pátria
O líder bolivariano também pediu que a Assembleia Nacional Constituinte, instalada em meio a denúncias de que ele tenta construir uma ditadura no país, investigue o elo da oposição com a declaração do americano. “Dei a ordem para o Estado-Maior começar os preparativos para um exercício cívico-militar de defesa integral da pátria”, disse Maduro em um ato em Caracas. “O povo está decidido a enfrentar o ódio racista dos EUA. Go home!”
O chavista ainda ligou a ameaça de Trump ao fracasso dos protestos da oposição contra seu governo, que deixaram 125 mortos no país desde abril. Segundo ele, os opositores que não criticaram a fala de Trump podem ser julgados por traição.
A coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) divulgou nota no domingo rechaçando intervenções estrangeiras no país sem mencionar os Estados Unidos.
Na Colômbia, onde iniciou um giro pela América Latina, o vice-presidente americano, Mike Pence, disse que uma solução pacífica para a crise política e econômica na Venezuela é possível, após a declaração de Trump ter sido criticada por países da região.“Temos muitas opções para a Venezuela, mas o presidente permanece confiante de que trabalhando com todos os nossos aliados na América Latina podemos alcançar uma solução pacífica”, disse Pence. O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse que uma intervenção militar não deveria nem mesmo ter sido contemplada.
FONTE: AFP, AP e EFE, via Estadão.
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