Em maio, o Japão planeja enviar seu maior navio de guerra, o porta-helicópteros Izumo, para uma viagem de três meses ao mar do Sul da China, informa a Reuters citando fontes familiarizadas com as intenções das autoridades japonesas.
“O objetivo [da campanha] é verificar a capacidade do Izumo enviando-o para uma longa campanha”, disse à agência uma das fontes.
O porta-helicópteros, colocado em serviço há dois anos, fará escalas em Singapura, Indonésia, Filipinas e Sri Lanka e, em seguida, irá participar dos exercícios conjuntos Malabar, dos EUA, Índia e Japão, disseram as fontes.
Os exercícios Malabar são realizados anualmente desde 1992 como manobras navais indo-americanos. O Japão, nos últimos anos, também começou participando deles. Em dezembro do ano passado, na cúpula indo-japonesa, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, se expressou por uma participação regular do Japão em exercícios militares com os EUA e a Índia.
A China e alguns países da região — Japão, Vietnã e Filipinas — têm desacordos sobre as fronteiras marítimas e áreas de responsabilidade no mar do Sul da China e mar da China Oriental. A China acredita que as Filipinas e o Vietnã usam conscientemente o apoio dos EUA para a escalada da tensão na região.
A câmara permanente de Corte de Arbitragem de Haia determinou em julho de 2016, relativamente à demanda das Filipinas, que a China não tem fundamento para reivindicações territoriais no mar do Sul da China. O tribunal considerou que os territórios em disputa do arquipélago Spratly (Nansha) não são ilhas e não formam a zona econômica exclusiva. A China não reconheceu a decisão da arbitragem.
FONTE: Sputnik