Japão foca em drone de combate e orçamento militar recorde para se contrapor a Pequim e Pyongyang

Mitsubishi X-2 Shinshin
Caça Mitsubishi X-2 Shinshin

Por Nobuhiro Kubo

TÓQUIO (Reuters) – O Japão pretende desenvolver o protótipo de um caça de combate por controle remoto em duas décadas com ajuda do setor privado, em uma estratégia tecnológica centrada em armas, comunicações e lasers, segundo um documento visto pela Reuters.

O plano será anunciado neste mês, quando o Ministério da Defesa também vai revelar um pedido de orçamento recorde de 5,16 trilhões de ienes, o equivalente a 51 bilhões de dólares, para o ano fiscal de 2017. O estratégia ocorre no momento em que as tensões aumentam no Mar do Leste da China e a Coreia do Norte intensifica a ameaça representada por seu programa de mísseis, disseram autoridades governamentais com conhecimento direto do tema.

O plano de tecnologia militar quer primeiro poder desenvolver uma aeronave de vigilância não-tripulada na próxima década e um caça de combate por controle remoto 10 anos mais tarde, afirma o documento.

O aumento de 2,3 por cento em relação ao orçamento deste ano de 5,05 trilhões de ienes assinala o quinto aumento anual sucessivo requerido pelo ministério, que está empenhado em fortalecer as defesas do Japão no momento em que Pyongyang atualiza sua tecnologia de mísseis balísticos.

Ilustração do futuro caça stealth F-3 

Porém, um analista de assuntos militares afirmou que o orçamento é insuficiente. “O clima de segurança que cerca o Japão é severo, por causa da Coreia do Norte e China”, disse Takashi Kawakami, especialista em segurança na universidade Takushoku. “Eu creio que não é suficiente.”

O ministério também vai alocar recursos do orçamento para compra da versão atualizada do jato de combate tático F-35, produzido pela norte-americana Lockheed Martin Corp, disse uma fonte.

Patriot – © AFP 2016/ YOSHIKAZU TSUNO

A tensão na região cresceu neste mês depois que um crescente número de embarcações da Guarda Costeira da China e outros navios navegaram próximas de ilhas disputadas no Mar do Leste da China.

COLABOROU: Amarilio Alcantara

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