Segundo o jornal L’Opinion, este valor só cobrirá as despesas de proteção e manutenção dos navios, mas não inclui a indenização que a França deve pagar à Rússia caso não cumpra o contrato.
“No momento, muito poucas pessoas sabem sobre os valores da indenização. Fontes familiarizadas com a situação falam sobre o montante de 500 milhões a € 5 bilhões”, explica o artigo.
O autor, Jean-Dominique Merchet, também nota que este valor depende em muito da posição russa. Por exemplo, a parte russa pode pedir uma indenização pela estadia dos marinheiros russos em Saint-Nazaire.
Os marinheiros que fizeram um curso de treinamento a bordo dos porta-helicópteros Mistral (encomendados pela Rússia à França) deixaram o porto de Saint-Nazaire nos finais de dezembro de 2014.
L’Opinion acrescenta que, caso a parte francesa recuse entregar definitivamente os navios Mistral à parte russa, a França deverá também devolver € 890 milhões a Moscou.
Segundo o jornal, o contrato dos Mistral pode ser rescindido a partir de 16 de maio. Neste caso, a Rússia poderá exigir uma compensação por meio de tribunal de arbitragem. Outro cenário é a renovação do contrato após 16 de maio.
A companhia russa de exportação e importação de armamentos Rosoboronexport assinou com a companhia francesa DCNS um contrato para a construção de dois navios deste tipo em junho de 2011. As partes posteriores dos porta-helicópteros foram construídas no estaleiro russo Baltiysky (que faz parte da Corporação Unida de Construção Naval) em São Petersburgo. O acoplamento com as partes anteriores e as obras de acabamento foram efetuadas no estaleiro da companhia STX France, em Saint-Nazaire.
O primeiro navio de desembarque Vladivostok a França deveria ter sido entregado em14 novembro de 2014. O segundo navio deverá ser entregado até o final de 2015.
Mais cedo o presidente francês, François Hollande, disse que decidiu suspender a entrega do primeiro dos navios (Vladivostok) por causa da situação na Ucrânia. Por sua vez, a Rússia declarou que está à espera do navio ou da restituição do dinheiro.
FONTE: Sputnik Brasil