Por Ivan Plavetz
Os atuais operadores de sistemas aéreos não tripulados (UAS por sua sigla em inglês) Heron da Israel Aerospace Industries (IAI) poderão trocar a plataforma de voo antiga por uma correspondente à última configuração Super Heron HF, cujos aperfeiçoamentos oferecem melhores performances de voo. Essa solução permite que toda aviônica embarcada integrada na plataforma primitiva seja “transplantada” para a nova.
Além de incorporar fuselagem mais ampla, o Super Heron HF recebeu um motor diesel mais potente instalado num compartimento redesenhado. Foi dimensionado para abrigar tanto o propulsor à gasolina Rotax 914 das variantes primitivas, quanto o novo Diesel Jet RSL de procedência italiana, que pode desenvolver potência nominal de 200hp (147kW) e foi baseado num modelo de aplicação automotiva fabricado pela Fiat. O Diesel Jet RSL está em fase de certificação pela European Aviation Safety Agency. De acordo com a IAI, o acréscimo de peso representado pela adoção do novo motor é compensado pelo melhor regime de consumo de combustível.
O design aerodinâmico da nova plataforma foi optimizado apresentando formato mais refinado e asas dotadas de winglets para melhora do desempenho. O Super Heron HF possui peso máximo de decolagem de 1.500 kg, incluindo 450 kg de carga útil máxima. A velocidade de cruzeiro da aeronave aumentou para 278 km/h.
Como as provisões de montagem de aviônicos internos do novo modelo são as mesmas do primitivo, a IAI está oferecendo para os atuais usuários desse UAS a nova plataforma acompanhada do novo motor como parte de um pacote de modernização. Os sistemas de superfície, incluindo a estação de controle (GCS), também permanecem idênticos.
A IAI tem oferecido a variante Heron TP (turboélice) para a França em cooperação com a local Dassault, entretanto, as avaliações estão paradas em virtude do contingenciamento de verbas e motivos políticos. A Força Aérea da França tem integrado alguns novos sistemas embarcados em seus seis Harfang, versão baseada no Heron 1, modelo empregado em voos de longa duração a meia altitude desde de 2007 no Afeganistão, Líbia e Mali.
No Brasil, o Heron é operado pela Policia Federal em operações de segurança interna na vigilância de fronteiras e acompanhamento de atividades ilícitas como tráfico de drogas e contrabando.
FONTE: T&D