“Durante um período de intensificação da luta, iniciado na quarta-feira, entre elementos armados e as Forças da Síria dentro da área de fronteira nas Colinas de Golã, 43 integrantes da Força das Nações Unidas de Observação da Separação (Undof, na sigla em inglês) foram detidos esta madrugada por um grupo nas proximidades de al-Quneitra”, disse a assessoria de imprensa da organização em comunicado.
Fontes da organização informaram que observadores desta força já haviam sido detidos duas vezes no ano passado e posteriormente libertados ilesos. Ainda não foram divulgadas as nacionalidades dos soldados, mas seis países contribuem contribuem com o contingente de 1.200 agentes: Fiji, Índia, Irlanda, Nepal, Holanda e Filipinas.
A missão de paz da ONU foi criada em 1974 para tentar impor uma trégua entre a Síria e Israel, que ocupou as Colinas de Golã da Síria em 1967. No entanto, os soldados encontram-se cada vez mais na linha de fogo da própria guerra civil da Síria, que começou em 2011.
O sequestro dos soldados ocorreu depois de intensos combates nas Colinas de Golã entre rebeldes da Frente al-Nusra, um braço da al-Qaeda, e as forças do governo sírio nos últimos dias, com relatos de ataques aéreos. Na quarta-feira, os combatentes islâmicos tomaram o controle da passagem de al-Quneitra, na fronteira entre a Síria e o território das Colinas de Golã. Durante os confrontos, dois israelenses foram feridos por balas perdidas e um morteiro.
FONTE: O Globo