ISE-SHIMA, Japão (Reuters) – O Grupo dos Sete (G7) líderes das nações mais industrializadas do mundo concordou nesta quinta-feira sobre a necessidade de enviar uma mensagem forte aos clamores de soberania marítima no Pacífico ocidental, onde uma China cada vez mais assertiva está envolvida em disputas territoriais com o Japão e vários países do Sudeste Asiático.
O acordo provocou uma resposta aguda da China, que não está no clube dos sete, cuja ascensão como potência a coloca no centro de algumas discussões da reunião de cúpula que acontece em Ise-Shima, região central do Japão.
“O primeiro-ministro (Shinzo) Abe levou a discussão sobre a atual situação no Mar da China Meridional e Mar da China Oriental. Outros líderes do G7 disseram que é necessário para o G7 para emitir um sinal claro”, afirmou o vice-chefe do gabinete japonês, Hiroshige Seko, após uma sessão sobre assuntos de política externa.
Em uma entrevista coletiva na quarta-feira, Abe disse que o Japão acolhe a ascensão pacífica da China, embora se oponha a atos que tentam mudar o status quo pela força. Ele também pediu o respeito ao Estado de direito. Tais princípios deverão ser mencionados em um comunicado após a cúpula.
Os Estados Unidos também estão cada vez mais preocupados com as ações da China na região.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, afirmou em Pequim que a questão do Mar do Sul da China “nada tinha a ver” com o G7 ou quaisquer dos seus membros.
“A China está resolutamente contra países que sobrevalorizem a questão do Mar da China Meridional para ganhos individuais”, disse ela.
O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu à China na quarta-feira para resolver disputas marítimas pacificamente.
(Por Thomas Wilson e Kiyoshi Takenaka)