“O presidente da República decidiu reforçar o dispositivo militar mobilizado”, declarou o Eliseu em um comunicado, sem dar mais detalhes concretos sobre o reforço. Em princípio, o objetivo é aumentar a presença francesa nas instâncias da coalizão internacional criada para combater o grupo Estado Islâmico, afirmou o ministério da Defesa.
Um reforço do dispositivo militar francês na base de Al Dhafra, nos Emirados Árabes Unidos, também poderá ser discutido. Segundo a mesma fonte ouvida pela agência AFP, Paris estuda também dar mais apoio às forças terrestres, principalmente no Curdistão iraquiano.
Este reforço será feito com “todos os meios e em todas as áreas necessárias para garantir a eficiência e atingir os objetivos fixados”, informou fontes próximas do chefe de Estado francês.
O Palácio do Eliseu informou que a França vai prosseguir suas ações no Iraque para atender ao pedido das autoridades locais. O objetivo é enfraquecer os grupos terroristas armados para que as forças iraquianas possam restaurar a estabilidade e a segurança no país.
“A França vai continuar sua mobilização em colaboração estreita com o conjunto de parceiros implicados na coalizão que está se ampliando”, afirma a presidência.
Operações de reconhecimento e bombardeios
Desde o dia 15 de setembro, a aviação francesa faz operações de reconhecimento e bombardeia posições do grupo ultrarradical no Iraque, no âmbito da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
As ações da França são feitas com seis caças Rafale, um avião de carga e um aparelho de informação Atlantique 2 na base de Al-Dhafra, de onde partem as missões para o Iraque.
As operações são realizadas em contato direto com um centro operacional americano no Catar, onde oficiais franceses estão inseridos. O governo francês também envia armamento, especialmente metralhadoras de 12,7 mm, aos combatentes curdos, além de oferecer formação militar no Curdistão iraquiano.
O engajamento da França na luta contra os jihadistas foi apontado como um dos motivos do sequestro do turista francês Hervé Gourdel, raptado e decapitado no interior da Argélia por ultrarradicais que se apresentaram com aliados do grupo Estado Islâmico.
FONTE: RFI
FOTOS: Armée de l’Air