País lança 20 bombas dois dias após o atentado terrorista em Paris. Este não é o primeiro ataque organizado pelo país europeu na Síria.
Caças franceses lançaram 20 bombas neste domingo (15) sobre o reduto do grupo radical Estado Islâmico em Raqqa, leste da Síria, destruindo um posto de comando e um campo de treinamento. O anúncio foi emitido pelo ministério da Defesa.
O ataque envolveu 12 aeronaves, sendo 10 delas jatos de combate. “O primeiro alvo destruído era utilizado pelo Daech (acrônimo em árabe do EI) como posto de comando, centro de recrutamento jihadista e depósito de armas e munição. O segundo alvo abrigava um campo de treinamento terrorista”, acrescentou o ministério em um comunicado.
O ataque ocorre dois dias após o atentado terrorista, de autoria reivindicada pelo Estado Islâmico, que deixou pelo menos 129 mortos em Paris.
Esta não é a primeira vez que a França bombardeia a Síria. O país faz parte da coalizão, liderada pelos Estados Unidos, que tem feito milhares de ataques aéreos a redutos do Estado Islâmico na Síria e no Iraque. Em setembro deste ano, a França começou a promover seus próprios bombardeios.
Naquele mês, o país atingiu um campo na província oriental de Deir Ezor, próximo do posto de fronteira de Bukamal, utilizado pelo EI para conectar suas forças presentes na Síria e no Iraque.
Na ocasião, pelo menos 30 jihadistas, incluindo 12 meninos soldados, morreram. Na época, a França definiu o bombardeio como “legítima defesa” contra as ameaças terroristas.
O segundo ataque aéreo organizado pela França, tendo como alvo a Síria, ocorreu também em Raqqa, em outubro.
Apoio dos EUA
Mais cedo neste domingo, os Estados Unidos anunciaram que iriam trabalhar com a França para intensificar os ataques aéreos contra o EI na Síria e no Iraque.
“O que deixamos claro para os franceses é que estaremos ombro a ombro com eles nesta resposta… Eles já estão em nossa campanha militar no Iraque e na Síria. Claramente eles querem energizar esses esforços”, disse o vice-conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Ben Rhodes.
FONTE: France Presse
Vídeo: CNN