A Alemanha pode estar ansiosa por participar no combate contra o Daesh mas algumas das suas capacidades militares são bastante limitadas.
“A Força Aérea da Alemanha está em má forma. Durante anos, os seus aviões de combate entraram em decadência devido à falta de peças de reposição, enquanto o número dos seus aviões operacionais está agora em um de seus pontos mais baixos”, escreve Robert Beckhusen para o site War is Boring [A Guerra é uma chatice].
Berlim planeja enviar seis caças Panavia Tornado para realizar voos de reconhecimento na Síria.
A Alemanha tem um total de 93 Tornado, dos quais 66 são utilizados mas apenas 29 estão realmente prontos para combater, escreve Der Spiegel, citando um relatório recente do Ministério da Defesa da Alemanha. No início desta semana, a ministra da Defesa, Ursula von der Leyen, disse ao ARD que só 30 aeronaves Tornado estavam totalmente operacionais, mas números diferentes realmente não mudam o fato de que a situação está piorando.
Em 2014, um total de 38 Tornado, ou 57 por cento dos aviões de guerra da Alemanha, estavam prontos para combate. Um ano mais tarde, só menos de metade (44 por cento) pode realmente voar em missões.
A mesma dinâmica verifica-se no que diz respeito ao avião de guerra mais avançado no arsenal da Alemanha.
“Pegue o Eurofighter Typhoon. O caça de assalto bimotor com asa delta tipo Canard é o avião de guerra mais moderno da Alemanha. O país possui 109 aparelhos destes, em três variantes diferentes. Setenta e quatro estavam disponíveis, mas apenas 42 estavam totalmente operacionais em 2014,” observou Beckhusen, citando um relatório da Força Aérea alemã obtida pela Der Spiegel.
Esta é uma tendência preocupante em si, mas o fato de que a agência de defesa da Alemanha não faz distinção entre plena capacidade operacional e limitada fá-la tornar significativamente pior.
Se esta diferença for tida em conta, o número de aviões Typhoon prontos para combate poderá cair para oito aeronaves, explicou o especialista.
FONTE: Sputniknews