Dois aviões militares norte-americanos tipo B-52 sobrevoaram as ilhas artificiais do Mar do Sul da China, cuja localização é reivindicada por Pequim, correndo o risco de criar nova tensão diplomática entre os países.
Em comunicado, o Pentágono minimizou o episódio, dizendo que se tratou apenas de uma “operação de rotina”. O voo, no entanto, recebeu duas advertências verbais de controladores chineses.
O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Hong Lei, disse que o país respeita a liberdade de navegação sobre o Mar do Sul da China mas que não vê com bons olhos “ações que minam a soberania e a segurança” de seu país com este pretexto.
Os B-52 chegaram a 12 milhas das ilhas e rechaçaram o pedido chinês de se afastar da região, o que pode ser considerada uma nova provocação à China, cerca de duas semanas após um avião de guerra cruzar as águas da mesma área.
Pequim quer controlar 80% do Mar do Sul enquanto Vietnã, Taiwan, Malásia e Filipinas também alegam soberania sobre o território. Desde 2013, forças militares chinesas vem ampliando sua atuação na região. Recentemente, a China instalou diversas bases militares nas ilhas artificiais, em um gesto que os Estados Unidos leram como ameaçador para os países vizinhos.
Washington acredita que as ilhas, apesar de terem sido feitas pelos chineses, não são de sua soberania, pois se encontram em águas internacionais. Desta forma, permite que suas embarcações se aproximem o quanto julgarem necessário. Há cerca de duas semanas, em 27 de outubro, os Estados Unidos enviaram um navio de guerra para a região, causando descontentamento entre os chineses.
FONTE: Terra