Em torno de 12 mil soldados estrangeiros deverão ficar no país
O objetivo é evitar que ocorra ali o mesmo tipo de caos que assola o Iraque desde que o Pentágono ordenou a retirada das tropas do país.
Pelo acordo, cerca de 12 mil soldados estrangeiros devem ficar no país para treinar forças de segurança afegãs mesmo após o encerramento formal da missão liderada pelos EUA, no fim de 2014.
Soldados alemães, italianos e de outros países da Otan integrarão a força de 9.800 soldados dos EUA para formar um contingente de 12.500 militares.
Barack Obama elogiou o acordo, dizendo que é crucial para avançar na luta contra a Al-Qaeda. Ele disse, porém, que um pacto semelhante com o Iraque teria feito pouco para impedir a ascensão do Estado Islâmico.
Para Vali Nasr, conselheiro do Departamento de Estado no primeiro mandato de Obama, a experiência com o Iraque parece ter afetado a forma como os EUA veem a necessidade de permanecer no Afeganistão.
Autoridades norte-americanas já haviam advertido colegas afegãos que, se o acordo de segurança não fosse assinado até o final de 2013, o Pentágono teria que começar a planejar uma retirada total.
Mas, quando o ano terminou, a Casa Branca alongou o prazo, afirmando que o então presidente afegão, Hamid Karzai, precisava assinar o acordo em semanas.
Karzai disse que deixaria a tarefa ao seu sucessor. O processo, porém, levou meses e só foi resolvido com a posse de Ashraf Ghani na última segunda-feira (29).
O governo afegão também deve assinar um tratado com a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) para definir os parâmetros dos cerca de 5.000 militares adicionais. A Otan tem hoje 41 mil soldados no Afeganistão, ante 130 mil em 2012.
FONTE: Folha de SP
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