WASHINGTON – Forças americanas, francesas e britânicas atingiram alvos na Síria como resposta ao líder sírio Bashar Assad por ter usado armas químicas contra seu próprio povo.
O presidente Donald J. Trump anunciou que a força combinada lançou ataques de precisão contra instalações de armas químicas.
O ataque contra estas instalações foi realizado para impedir Assad de usar as armas proibidas. Esta é a segunda vez que os Estados Unidos atacam a rede química de Assad. Em abril de 2017, Trump ordenou um ataque contra a base aérea de Shayrat depois que aeronaves sírias lançaram bombas contendo o agente sarin. Cerca de 58 mísseis atingiram aeronaves e as instalações de armas químicas na base. Mas o ditador sírio não aprendeu a lição, e o regime lançou novamente gás venenoso contra seu próprio povo no dia 7 de abril.
‘Ato Mal e Desprezível’
“Este massacre foi uma escalada significativa em um padrão de uso de armas químicas por esse terrível regime”, disse Trump durante um anúncio da Casa Branca nesta noite. “O ataque maligno e desprezível deixou mães e pais, bebês e crianças se debatendo de dor e ofegantes. Essas não são ações de um homem; elas são crimes de um monstro”.
Armas químicas foram proibidas desde o seu uso generalizado durante a Primeira Guerra Mundial. “O objetivo de nossa ação hoje é estabelecer uma forma forte de impedir a produção, disseminação e uso de armas químicas”, disse o presidente. “Estabelecer esse impedimento é um interesse vital da segurança nacional dos Estados Unidos. A resposta combinada dos Estados Unidos, da França e do Reino Unido a essas atrocidades integrará todos os instrumentos do nosso poder nacional”.
O presidente disse que os Estados Unidos estão preparados para sustentar a resposta “até que o regime sírio deixe de usar agentes químicos proibidos”.
O regime sírio é apoiado pela Rússia e pelo Irã. “Para o Irã e a Rússia, pergunto: que tipo de nação quer ser associada a um assassino em massa de homens, mulheres e crianças inocentes?”, disse o presidente. “As nações do mundo podem ser julgadas pelos amigos que mantêm. Nenhuma nação pode ter sucesso a longo prazo, apoiando estados párias, tiranos brutais e ditadores assassinos.”
O secretário de Defesa, James N. Mattis, chamou o ataque químico de “além do limite” quando testemunhou perante o Comitê de Serviços Armados da Câmara na segunda-feira. O ataque, disse ele, estava “no pior interesse da própria civilização”.
A ação não indica uma ampliação do envolvimento dos EUA na Síria, disse o presidente. As tropas dos EUA estão no leste da Síria para assessorar as Forças Democráticas da Síria em ações para eliminar o Estado Islâmico do Iraque e a Síria.
Ataques químicos, no entanto, são uma exceção diferente e horrenda. O uso de tais armas em civis é particularmente hediondo. “Em 2013, o presidente [Vladimir] Putin e seu governo prometeram ao mundo que garantiriam a eliminação das armas químicas da Síria”, disse Trump. “O ataque recente de Assad e a resposta de hoje são um resultado direto do fracasso da Rússia em manter essa promessa”.
Os russos agora são cúmplices do uso sírio dessas armas, e precisam decidir se vão continuar sua parceria com Assad ou “unir as nações civilizadas como uma força para a estabilidade e a paz”, disse o presidente.
Os Estados Unidos continuam comprometidos com o tratado de Genebra e com o esforço orquestrado pela ONU. A Rússia continua a bloquear isso.
FONTE: DoD via USN