EUA admite utilização de urânio empobrecido contra o Estado islâmico na Síria

Este material tóxico foi utilizado em ataques aéreos realizados contra caminhões de petróleo nas áreas controladas pelo estado islâmico, escreveu a revista “Foreign Policy”. O urânio empobrecido pode causar câncer e defeitos congênitos.

Imagen Ilustrativa Bassam Khabieh-Reuters

Os militares dos EUA dispararam no final de 2015 , milhares de cartuchos de munição com urânio empobrecido em duas incursões de perfil alto, contra caminhões de petróleo que circulam no território da Síria, controlado pelo Estado Islâmico, informou a revista “Foreign Policy”, citando autoridades americanas. A publicação acrescenta que realizou estes ataques, apesar haverem se comprometido não usar armas de urânio empobrecido nos campos de batalha do Iraque e da Síria.

O porta-voz para o Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM), a major Josh Jacques, detalhou que 5.265 projéteis de 30 milímetros anti- armadura carregado com urânio empobrecido foram disparados de um avião militar em 16 e 22 de novembro de 2015, o que levou a a destruição de cerca de 250 veículos no deserto oriental do país. Não está claro se os ataques de novembro de 2015 ocorreram perto de áreas povoadas.

Os ataques aéreos de aviões da coligação são os primeiros confirmados com a utilização de tais armas desde a invasão do Iraque em 2003, onde foi usado centenas de milhares de vezes. A utilização desta substância perigosa, então, causou grande indignação entre as comunidades locais, que denunciaram este material tóxico que causa casos de câncer e defeitos congênitos.

Embora os EUA insista em seu direito de usar tais armas, especialistas descrevem como muito “estranha” a decisão de usar tais munições em quantidades tão grandes contra alguns alvos para os quais não foram concebidas, observa “Foreign Policy”.

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN

FONTE: RT

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