Embraer A-29 Super Tucano estréia no Dubai Air Show

A-29 demo 2

A Embraer levou seu caça A-29 Super Tucano de demonstração para o Dubai Air Show. A aeronave estará em exibição estática durante todo o show.

A aeronave KC-390 da empresa também chama a atenção após o primeiro protótipo retomar os voos depois de nove meses de trabalho.

Apesar de turbulência econômica do Brasil, a Embraer está acelerando o desenvolvimento do KC-390 e agora projeta a entrada em serviço para a FAB em meados de 2018.

O A-29 Super Tucano por enquanto continua sendo um dos itens de exportação-chave da empresa, com 220 pedidos firmes de 13 países e 190 unidades entregues até à data. Nos últimos dois anos, a empresa adicionou mais de 20 configurações de armas, para um total de 150 certificadas em vôo.

A Embraer este ano assinou acordos com o Gana, Mali e Senegal, e Geraldo Gomes, vice-presidente de desenvolvimento de negócios internacionais da divisão de defesa, espera mais negócios para fechar este ano.

“A configuração da aeronave está focada na realização da missão”, diz Gomes. “Os sistemas mais importantes na aeronave são duplicados ou triplicados para garantir que o piloto possa cumprir com a missão e voltar para casa em segurança.”

O caça turbo hélice de ataque leve é ideal para as operações de patrulha e de contra-insurgência, e através de soluções integradas de negócios da Embraer, a aeronave foi incorporada no sistema de monitoramento e vigilância de fronteiras na selva amazônica do Brasil.

Nos EUA, a Embraer e a Sierra Nevada Corporation (SNC) continuam a entregar A-29s para a força aérea afegã através de um centro de montagem final e check-out em Jacksonville, Flórida.

A Embraer fornece as aeronaves e treinamento conforme contrato e a SNC fornece apoio logístico e treinamento para pilotos e mecânicos da Moody AFB na Geórgia.

Gomes diz que 12 aeronaves foram entregues através dessa linha até agora, e ele prevê uma parceria duradoura com a SNC, tanto para a outras oportunidades de negócios com o A-29. Ele espera que continuem com boas taxas de produção ​​no Brasil e em Jacksonville.

No KC-390, vice-presidente programa Gastão Paulo Silva diz que um segundo protótipo voando vai aderir à campanha de ensaios em vôo de 2.000 horas no início de 2016, e um dos dois KC-390 de teste, deverá em breve começar a fazer aparições em shows aéreos como o de Dubai.

Gastão Silva espera que uma forte demanda para o  International Aero Engines V2500, que equipa o KC-390, sobre seu concorrente, o turboélice Lockheed Martin C-130J. Ele espera que a concorrência seja limitada pois o A400 da Airbus Defence & Space é muito maior. A empresa fez uma parceria com a Boeing KC-390 para comercialização nos EUA, no Reino Unido e no Oriente Médio.

“Nós temos um projeto no estado da arte (state-of-the-art), com nova tecnologia e estamos trazendo toda a experiência que temos no lado comercial”, diz ele. “Nossa grande vantagem é a nova solução de maior capacidade e velocidade muito maior [em comparação com o C-130J] e muito mais disponibilidade. Nós desenvolvemos a aeronave para ter o menor custo de ciclo de vida no mercado. Isso é muito importante para o cliente.”

O Brasil pretende adquirir 28 KC-390 para substituir sua velha frota de C-130E e KC-130H, e a Embraer tem cartas de intenção de cinco países para mais 32 aeronaves.

As atividades de certificação de voo continuarão até o início de 2017, com ensaios de sistemas de missão, incluindo o reabastecimento aéreo logo depois.

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN

FONTE: Flight Global

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