Dubai Air Show: Dúvidas levantadas sobre a quantidade de Gripens para a FAB

Por James Drew

Os problemas econômicos do Brasil parecem estar amortecendo as esperanças da Força Aérea Brasileira de recapitalizar toda a sua força de caça desatualizada, com um oficial dizendo que o número final de caças Saab Gripen NG pode estar mais perto de 40 do que a meta do programa F-X2 original, que é de 108 novos caças.

Maj Brig Waldeísio Ferreira Campos, vice-diretor do comando da educação e treinamento da FAB, tem suas dúvidas de que o governo brasileiro será capaz de obter o número total esperado de Gripens.

“Eu não sei. Talvez iremos para 40, mas não 100”, disse ele à Flightglobal durante Conferência dos Comandantes das Forças Aéreas em Dubai, no último dia 7 de Novembro.

Campos diz que a seleção Gripen NG foi um “bom negócio para o Brasil”, e quando o programa estiver totalmente implementado indústria do país estará produzindo cerca de 70% dos aviões. Ele confirma que a primeira aeronave devem chegar em 2019 e que os pilotos brasileiros já começaram seu programa de treinamento, na Suécia.

Ele espera que após receber um esquadrão inicial de 12 aeronaves no Brasil para o 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), perto da capital, as entregas de aeronaves continuarão a uma taxa de dois por ano depois disso. A localização do segundo esquadrão não foi definida ainda, disse ele.

O Gripen NG foi escolhido em detrimento do Boeing F/A-18E/F Super Hornet e Rafale Dassault para favorecer a transferência de tecnologia, e o requisito mínimo foi de 36 caças, incluindo oito treinadores de dois lugares. Campos diz que a exigência de um novo caça durou em torno de 20 anos, e ele estava contente de ver o negócio com a Saab fechado. No entanto, em meio à crise nos gastos de defesa e a desvalorização do real brasileiro, a nação não pode se dar ao luxo de recapitalizar toda a sua força de caças, atualmente baseada nos Embraer/Alenia AMXs e Northrop F-5.

A Embraer é a parceira da Saab na produção, além do desenvolvimento de uma versão de dois lugares com potencial de exportação. Quase 50 empregados da Embraer e AEL Sistemas já estão em Linköping, Suécia, apoiando o programa Gripen NG.

Campos está otimista sobre a frota de aeronaves de ataque leve Embraer A-29 Super Tucano e, com a introdução do Embraer KC-390 previsto para 2018. Ele diz que o programa de transporte e reabastecedor são um dos mais importantes para o Brasil e estão progredindo, dentro da programação.

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN

FONTE: FlightGlobal

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