Por: Stephen Trimble
A Bombardier lançou a campanha de ensaios em vôo do CS300(135 passageiros), com uma voo de 4h 57 min no centro de montagem final da empresa em Mirabel, Canadá.
O voo inicia um programa de certificação de nove a 15 meses para a maior variante dos CSeries.
O CS100 (110 passageiros) está programado para entrar em serviço no segundo semestre de 2015, tendo os testes de voo iniciados cerca de 18 meses atrás.
Embora o CS100 esteja com dois anos de atraso, a Bombardier nunca alterou o seu plano de entregar o primeiro CS300 operacional, seis meses após a conclusão do mesmo marco para a variante menor.
Representando cerca de três quartos de todos os 243 pedidos firmes contabilizados até agora, o sucesso comercial do CS300 pode ser a chave para o futuro do programa. Ele entra testes de vôo com o benefício de 18 meses de dolorosas lições aprendidas no CS100.
A variante menor tem lidado com vários contratempos decorrentes de atrasos de software e uma avaria do motor que provocou um atraso de cinco meses.
Um componente do sistema de óleo dentro do motor Pratt & Whitney PurePower PW1500G, falhou durante ensaio 29 de maio passado, fazendo com que peças da turbina de baixa pressão se desintegrassem e danificassem a asa e a fuselagem do primeiro protótipo FTV-1.
Os voos foram retomados quatro meses depois com um redesenho do sistema de óleo. Várias semanas se passaram antes que a Bombardier resolvesse a segunda grande questão para o CS100. Até o início de outubro do ano passado, as quatro aeronaves da frota de teste de vôo não tinham instaladas as proteções do envelope ativados pelo sistema fly-by-wire, devido ao atraso na entrega do software crítico de voo.
O CS300 pôde se beneficiar de um sistema fly-by-wire com proteções do envelope funcionando e um motor redesenhado. Com a fuselagem ligeiramente mais longa, o CS300 compartilha os mesmos aviônicos Rockwell Collins, acrescido por Parker Aerospace fly-by-wire controles, motores P&W e estrutura do painel da fuselagem em alumínio-lítio.
Esses três componentes são responsáveis por 15% da vantagem de custo operacional do Bombardier CS300, em relação aos concorrentes mais próximos do tipo, que incluem o Airbus A319neo e o Boeing 737 Max 7.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE:Flightglobal