Cristina Kirchner volta a reivindicar o arquipélago em carta aberta ao Reino Unido

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A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, publicou uma carta aberta no jornal britânico Guardian e em outros periódicos do Reino Unido ontem, pedindo ao primeiro-ministro do país, David Cameron, que devolva as disputadas Ilhas Malvinas (ou Falkland, como são conhecidas na Inglaterra).

Na nota, Kirchner afirmou que o território localizado no Atlântico Sul foi “tirado à força” da Argentina há 180 anos “em um exercício flagrante do colonialismo do século XIX”.

Kirchner também declarou que a Assembleia Geral da ONU adotou uma resolução em 1965, que considerava as ilhas como um caso de colonialismo e convidava o Reino Unido e a Argentina a negociarem as reivindicações territoriais.

As exigências foram feitas agora, no início do ano, quando os cidadãos das ilhas devem votar no referendo sobre o status político do arquipélago numa tentativa de acabar com a disputa pelo território.

CHOQUE PÚBLICO
Cameron se recusou a discutir a soberania das ilhas e os dois líderes entraram em choque publicamente por causa do tema na cúpula do G-20 em junho de 2012 no México.

Na carta, Kirchner acrescentou que o tema é “uma causa abraçada pela América Latina e pela vasta maioria das pessoas e governos no mundo que rejeitam o colonialismo”. Em resposta, uma porta-voz do ministério de Relações Exteriores do Reino Unido disse que os residentes das ilhas “são britânicos e escolheram essa cidadania”.

Governo local critica carta
O governo das Ilhas Malvinas atacou a carta aberta da presidente Cristina Kirchner, ao afirmar que ela é “historicamente imprecisa” e que autoridades britânicas e do arquipélago compartilham ideais de “democracia, liberdade e confiança mútua”.

Segundo o governo local das ilhas, porém, a carta da ONU concede o direito aos habitantes de determinar seu próprio futuro e que os laços políticos com o Reino Unido são um exercício deste.

“Esse direito fundamental de determinar nosso futuro está sendo ignorado pelo governo argentino, que está negando nosso direito de existir como povo e está negando nosso direito de viver em nosso lar”, afirma o comunicado das autoridades do arquipélago.

FONTE: Jornal de Brasília

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